Ainda no Centro da cidade de São
Joaquim (SC), localiza-se a Rua Agripa de Castro Faria, um importante médico e
com atuação política em Santa Catarina. Em sua homenagem, seu nome também foi
atribuído a uma rua em Florianópolis e a outra em Urubici (SC).
Nasceu em 02 de abril de 1901, em
Campos, RJ[i]. Filho
de Antônio Joaquim de Castro Faria (diretor do Liceu de Campos, onde também
lecionava matemática[ii])
e de Francisca Barbosa de Castro Faria[iii].
Diplomado em
medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. “Transferiu-se pouco
depois de formado para Santa Catarina, onde abriu uma clínica em São Joaquim”iii. Conforme conta Enedino Batista Ribeiro,
em seu livro Gavião-de-Penacho (1999, p. 476), Dr. Agripa receitava
medicamentos exclusivamente para a sua farmácia, também localizada em São
Joaquim (SC).
Figura 1 - Dr. Agripa de Castro Faria. (Fonte: PIAZZA, 1994). |
simpático à Aliança Liberal e à Revolução de
1930, no pleito de outubro de 1934,
elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte de Santa Catarina na legenda
da Coligação por Santa Catarina, composta pela Legião Republicana Catarinense,
o Partido Social Evolucionista e o Partido Republicano Catarinense. Segundo-secretário da Assembléia,
participou da elaboração da Constituição promulgada em agosto de 1935 e
permaneceu no exercício do mandato até o advento do Estado Novo (10/11/1937),
que suprimiu as câmaras legislativas do país.
Em seguida, dirigiu o Centro de Saúde de Florianópolis, foi titular de uma
diretoria da Secretaria de Saúde Pública e diretor do Serviço de Assistência
aos Psicopatas do Estado de Santa Catarina de 1940 a 1943. Neste último
ano, assumiu a diretoria do Hospital
Colônia Santana, onde permaneceria até 1950.
Com a reconstitucionalização do país que se
seguiu à queda do Estado Novo (29/10/1945), elegeu-se no pleito suplementar de janeiro de 1947, deputado estadual pelo Partido Social
Democrático (PSD). Por essa mesma legenda e nesse mesmo pleito, elegeu-se suplente do senador por Santa Catarina
Francisco Benjamim Gallotti. Em outubro de 1950, elegeu-se deputado federal por Santa Catarina na legenda do PSD,
assumindo o mandato em fevereiro de 1951. Em novembro de 1954, porém, a
dois meses do final da legislatura, desligou-se da Câmara para ocupar no Senado
a vaga deixada pelo titular, que renunciara ao mandato. Exerceu o mandato de senador por apenas dois meses, até janeiro de 1955.
De
1958 a 1965 foi assistente da presidência da Legião Brasileira da Assistência
em Santa Catarina.
Faleceu em junho de 1965.
Era casado com Ecilda Castro Faria, com quem
teve duas filhas.
De acordo com dados de Enedino
Batista Ribeiro (1999, p. 528), D. Ecilda era filha de Fulgentino Vieira Borges (“Tico”).
Dr Agripa e a esposa Ecilda tiveram as filhas: Terezinha de Castro Faria e
Maria Lívia Faria Vila-Verde (PIAZZA, 1994, p. 277).
Figura 2 - Rua Agripa de Castro Faria, São Joaquim (SC). |
Referências
[i] Brasil, Senado Federal. Agripa de Castro Faria. 2017. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/senadores/senador/-/perfil/3112
e Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Agripa de Castro Faria. 2017. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/agripa-de-castro-faria.
[ii]
Jornal de Laguna, 2015. Disponível em: http://jornaldelaguna.com.br/archimedes-de-castro-faria/
. Acesso em: 23/10/2017.
[iii] Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Agripa de Castro Faria. 2017. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/agripa-de-castro-faria.
RIBEIRO, Enedino Batista.Gavião-de-Penacho: memórias de um serrano. Instituto Histórico e
Geográfico de Santa Catarina (IHGSC); co-edição da Assembleia Legislativa do
Estado de Santa Catarina. Florianópolis: IHGSC, 1999.
PIAZZA, W. F. (org.). Dicionário Político Catarinense. Florianópolis: Assembleia
Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1994.
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