quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Paulo Bathke – dados genealógicos

Johannes Friederich Paul Gellert Dietrich Bathke (06/07/1864 - 13/09/1950[[i]]), ou Paulo Bathke, como era conhecido, nasceu em Berlim, Alemanha[[ii]]. Filho de Joachim Dietrich Bathke e de Karolin Gellert.


Joachim Dietrich Bathke e Karolin Gellert - pais de Paulo Bathke (Agradecimento a Alba Bathke Palma)

Joachim Dietrich Bathke e Karolin Gellert - pais de Paulo Bathke (Agradecimento a Alba Bathke Palma)

 Paulo Bathke casou-se em 26.01.1893[[iii]] com Maria Olinda da Silva Ribeiro (21/11/1878 - 04/09/1951[i]), filha de Manoel da Silva Ribeiro Júnior (01/12/1847 - 01/07/1920[i]) e de Olinda da Silva Ribeiro (1854 - 15/06/1928[i]) [filha de Ignácio da Silva Ribeiro e Demethildes Maria de Souza].
Paulo Bathke é reconhecido por contribuir com o desenvolvimento de São Joaquim e por introduzir o cultivo da macieira na região[ii]. De acordo com o Jornal São Joaquim de Fato, em reportagem de setembro de 2011:
 “Paulo trazia galhos de macieiras da Alemanha cravadas em batatas e aqui fazia os enxertos de cultivares como: hansen-schnut do norte e slucken apfel do sul e também a chamada maçã morango, que tinha uma característica bem achatada.
Em 1908 a família já possuía um pomar na localidade de Monte Alegre com duas mil árvores, e de acordo com fotos de 1922, tinha também um viveiro com mais de três mil mudas, predominando o pero de maio.
Mais tarde fizeram pomares nas regiões das terras de Francisco Palma e Hermelino Palma, seus genros, com mais de quatro mil árvores cada”.

 Casa de Paulo Bathke em São Joaquim (Agradecimento a Alba Bathke Palma)


Loja de importados de Paulo Bathke, em 1914, onde vendia produtos importados da Europa (Foto do Jornal Mural, Portal SerraSC Online)


Paulo Bathke faleceu em São Joaquim, em 13 de setembro de 1950[i].

Filhos[i]:
F1 – HELENA MARIA OLINDA DA SILVA BATHKE (nasc. 01/12/1894), c.c. Manoel Anacleto Rodrigues (nasc.1888), filho de Anacleto Rodrigues da Cunha e de Cândida Rodrigues da Rosa.
Casamento: 14 de novembro de 1912, São Joaquim-SC[i].

F2 – JUVENTINA ROSALINA DA SILVA BATHKE (26/06/1895 - 21/04/1928), c.c. Eliodoro Vieira de Souza (nasc. 1890), filho de João Vieira de Arruda e de Anna Maria de Souza (Lima) (18/12/1872 - 18/02/1903).
Casamento: 20 de dezembro de 1917, São Joaquim-SC[i].

F3 – ALVINA BATHKE (nasc. 05/01/1897).

F4 – AMÁLIA BATHKE (28/08/1898 - 22/02/1970), c.c. Francisco Palma (Chico Palma) (17/05/1894 - 22/05/1970), filho de de Inácio da Silva Mattos (“Inácio Palma”) e de Dona Ismênia Pereira Machado (“Ismênia Palma”).
Chico Palma; 2 - Amália Bathke Palma; e filhos do casal: 3- Lecendino Palma; 4 - Eutálio Palma; 5 - Públio Palma; 6 - Elton Inácio Palma


 F5 - ALFREDO WILLY BATHKE (nasc. 23/05/1901, São Joaquim).

F6 – ROSENA BATHKE (nasc. 05/05/1902), c.c. José Lapolli (naasc. 1897), filho de Antonio e Alzira.
Casamento: 18 de janeiro de 1920, São Joaquim[i].

F7 – ARISTIDES BAHTKE (nasc. 08/03/1906), c.c. Maria Martorano Mattos (nasc. 14/12/1909), filha de Juvenal da Silva Mattos (02/01/1865 - 02/11/1951) e de Marianna Martorano (11/08/1876 - 29/04/1927).

F8 – EVALDO BATHKE (12/04/1910 - 24/03/1992), c.c. Vladivia Mattos (nasc. 30/11/1913), filha de Genovêncio da Silva Mattos (04/08/1863 - 13/02/1960) e de Izabel Antonia Godoy (1880 – 1955).

F9 – WALDEMAR BATHKE (16/08/1911 - 12/1995), c.c. Violeta Lima.
Waldemar era “um entusiasta do desenvolvimento de São Joaquim. Ele sempre sonhou com o futuro da produção de maçã e o turismo. Foi através de sua iniciativa com fotos e entrevistas sobre as nevadas que levou o nome da cidade muitas vezes para jornais nos grandes centros, e que mais tarde se tornaram cartões postais e correram o país” (Jornal São Joaquim de Fato[[iv]], 2011).

Waldemar Bathke (foto do Jornal São Joaquim de Fato)

 
F10 - OTHOMAR OTHILIO ALTINO BATHKE (nasc. 11/07/1913, São Joaquim), c.c. Edelvira Silva de Oliveira (nasc. 06/10/1920[v]), filha de Joaquim Luiz de Oliveira e de Maria dos Prazeres da Silva[v].

F11 – ELZA BATHKE (Bathke Palma, depois de casada) (27/02/1916 - 11/03/2011), c.c. Hermelino Palma (Tio Mila) (nasc. 09.05.1909[[vi]] - 29/01/1978[i]), filho de Ignácio da Silva Mattos (Inácio Palma) e Ismênia Pereira Machado (Ismênia Palma).
Casamento: 02 de abril de 1934.

 Tio Mila e Tia Elza

F12 – PAULO BATHKE (Filho) (nasc. 30/12/1917), c.c. Maria do Carmo Martorano (nasc. 20/09/1919), filha de Egydio Martorano (nasc. 1872) e de Eulália Brasil (06/02/1887 - 02/05/1945).

Paulo Bathke (Filho) e Maria do Carmo Martorano (foto disponibilizada por Rogério Palma de Lima)


Referências

[i] Dados fornecidos por Rogério Palma de Lima.
[ii] COSTA, Terezinha de Jesus Thibes Bleyer Martins. Paulo Bathke. Texto disponibilizado por Rogério Palma de Lima, no site Genoom.
[iii] Documento fornecido por Rogério Palma de Lima. Matrimônio de Paulo Bathke e Maria Olinda, 1893.
[iv] Jornal São Joaquim de Fato, 12 de setembro de 2011. Ele divulgou o turismo e a maçã. Disponível em: http://saojoaquimonline.com.br/saojoaquimdefato/?p=2298
[v] Documento fornecido por Rogério Palma de Lima. Batismo de Edelvina Silva de Oliveira, 1920. Disponível em: https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-267-12696-48102-39?cc=2016197&wc=MQ5B-ZM3:337699901,337699902,337968501
[vi] Livro 11 de batismos, fls. 44v, São Joaquim.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Chico Palma (Francisco Palma) e a Família Bathke


       Retomamos neste momento, o estudo sobre Chico Palma (Francisco Palma), que já foi publicado neste blog em outubro de 2012 (http://genealogiaserranasc.blogspot.com.br/2012/10/chico-palma-francisco-palma.html e http://genealogiaserranasc.blogspot.com.br/2012/10/francisco-palma-chico-palma.html). Visando completar e ampliar os dados divulgados anteriormente, agora daremos foco aos ancestrais da esposa de Chico Palma, Amália Bathke Palma, que é descendente de uma das primeiras famílias europeias a se estabelecer na região serrana de Santa Catarina: a Família Bathke. Amália é filha de um personagem muito importante para a história de São Joaquim, que contribuiu bastante para o desenvolvimento da região: Paulo Bahtke.
           

Chico Palma

FRANCISCO PALMA, ou “Chico Palma”, como era mais conhecido, nasceu em São Joaquim (SC), no dia 17 de maio de 1894. Era filho de Inácio da Silva Mattos (“Inácio Palma”) e de Dona Ismênia Pereira Machado (“Ismênia Palma”)1.


Chico Palma.
Avós de Chico Palma1:
Paternos: Antônio da Silva Matos (“Tonico das Palmas”) e Maria Palhano Prestes (“Mariazinha”).
Maternos: Leonel Caetano da Silva Machado e Florinda Pereira de Jesus (ou Florinda Pereira Machado, como também aparece em alguns documentos).

Chico Palma (17/05/1894 - 22/05/1970) se casou com AMÁLIA BATHKE PALMA (nasc. 28/08/1898, em São Joaquim – falec. 22/02/1970i), filha de Johannes Friederich Paul Gellert Dietrich Bathke (conhecido como “Paulo Bathke”, 06/07/1864 - 13/09/1950i) e sua mulher Maria Olinda Ribeiro Bathke (21/11/1878 - 04/09/1951i).
Maria Olinda é filha de Manoel da Silva Ribeiro Junior (01/12/1847 - 01/07/1920i) e de Olinda da Silva Ribeiro (1854 - 15/06/1928i).
Data do casamento de Chico Palma e de Amália: 20/12/19161,i, em São Joaquim.


Bodas de ouro do casal Paulo Bathke e Maria Olinda Ribeiro Bathke (Agradecimento a Alba Bathke Palma)

Paulo Bathke (Agradecimento a Alba Bathke Palma)

Filhos do casal Chico Palma e Amália1: 

1.      LECENDINO PALMA (nasc. 18/12/1917), casado com Anariolina de Lima Palma. Filha única: Cleusa Terezinha Palma.

2.      EUTÁLIO PALMA (30/10/1919 – 03/01/1985). Casou-se com Joaquina Waltricke (“Quininha”).
Tiveram três filhos: Elba Palma, Leila Palma e Carlos Francisco Palma.

3.      PÚBLIO PALMA (nasc. 18/09/1928, São Joaquim), c.c.
            1ªs núpcias: Sra. Willemann? (Adília?) (dado a confirmar)
            2ªs núpcias: Lucinéia? (dado a confirmar)

4.      HELTO INÁCIO PALMA (nasc. 23/09/1944, em São Joaquim, falec. 14/02/2001[ii]), c.c.
            1ªs núpcias: Dária Tribess. Filho do casal: Alexandre Palma (nasc. 27/12/1978).
            2ªs núpcias: Zuleica Bernhardt Palma. Filho do casal: Gabriel Palma.



1 - Chico Palma; 2 - Amália Bathke Palma; e filhos do casal: 3- Lecendino Palma; 4 - Eutálio Palma; 5 - Públio Palma; 6 - Elton Inácio Palma.

Referências
1 - Dados de Enedino Batista Ribeiro, retirados de um caderno datilografado por volta de 1950.
[i] Dados de Rogério Palma de Lima.
[ii] Data de falecimento fornecida pelo filho Gabriel Edwart Palma, a quem agradecemos pela informação. 

--------

PAULO BATHKE
(Texto de Terezinha de Jesus Thibes Bleyer Martins Costa, disponibilizado por Rogério Palma de Lima)

Nascido em Berlim, Alemanha, Johannes Friederich Paul Gellert Dietrich Bathke chegou ao Brasil em 1890, desembarcando na cidade de Salvador/BA. Em seguida segue para Blumenau, junto à grande colônia de alemães recentemente instalada na região. Alimentando seu espírito aventureiro, segue para Lages e finalmente radica-se no vilarejo chamado São Joaquim da Costa da Serra, local este que o impressionou pela beleza singular.
Antes de decidir imigrar para o Brasil, no final do Séc. XIX, Paulo Bathke fazia parte de uma comissão especializada que iria prestar serviços no Japão, mas por decisão de última hora do Kaiser, a viagem foi cancelada, o que frustrou o aventureiro, que anteriormente já tinha viajado por toda a Europa, eis que, além do alemão, falava fluentemente inglês, francês, italiano, espanhol.
Desiludido por não ter ido ao Japão, seu espírito aventureiro o traz ao Brasil, e por conseguinte a São Joaquim, onde constitui família e fixa residência.
Por duas vezes ainda retorna à Alemanha para rever familiares, mas apenas por pouco tempo, eis que sua morada definitiva estava em São Joaquim da Costa da Serra, povoado que adotou e do qual tornou-se figura legendária.
Paulo Bathke, como passou a ser chamado pelo povo joaquinense, já que ninguém sabia pronunciar seu nome em alemão, casou-se em 20 de janeiro de 1893 com Maria Olinda da Silva Ribeiro, descendente da tradicional e influente família dos Ribeiros, grandes fazendeiros e políticos da época.
O pioneirismo deste imigrante se acentua na década de 1930, tendo sido eleito prefeito de São Joaquim de 1931 a 1934. Abriu a maior parte das estradas hoje conhecidas, numa época rudimentar para este tipo de atividade. Introduziu o cultivo da macieira na região, além de ser um grande entusiasta do cultivo da maçã, tendo inclusive provado ao então governador Adolfo Konder que uma macieira dava lucro duas vezes maior que um pé de café. Construiu e administrou o primeiro cinema e comprou o primeiro caminhão de São Joaquim e, como prefeito, construiu o Grupo Escolar Manoel Cruz, uma das obras de maior importância da história da cidade.
Não bastasse todas as suas realizações como líder social, Paulo Bathke, além de ter doado terras a município, exerceu diversas outras atividades, tais como advogado, jornalista (fundou um jornal em São Joaquim), botânico, agrimensor e político. Mas também exerceu uma atividade inusitada, foi revolucionário: Juntamente com seu genro Chico Palma, defendeu São Joaquim com armas na mão quando um pelotão de policiais que praticavam torturas em Lages e Painel ameaçavam invadir a cidade. Assim, reuniu mais de cem homens armados com fuzis e fizeram uma espera na região da atual serrinha para esperar e repelir os invasores. Entretanto, como as notícias já naquela época viajam com rapidez, os bandidos souberam da resistência e acabaram desistindo.
Paulo Bathke, por ser um homem culto e amante da música, trouxe para São Joaquim, a fim de ensinar a arte aos seus filhos, o maestro Waltrick e, através deste, o músico Leonel Porto, que viria a ser um dos fundadores do famoso grupo musical “Pedacinho do Céu”.
           De muitos relacionamentos políticos, Paulo Bathke conviveu com grandes personalidades, tais como Osvaldo Aranha, Flores da Cunha, Nereu Ramos, Vidal Ramos e Adolfo Konder.


Paulo Bathke (Agradecimento a Alba Bathke Palma).