sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Comenda do Legislativo de SC 2018 – Homenagem a Enedino Batista Ribeiro


         Mais uma vez, reservamos uma matéria do Blog para relembrar a figura de meu pai, Enedino Batista Ribeiro, que recebeu (In Memoriam) uma medalha da Comenda do Legislativo de SC (2018), em reconhecimento a suas ações em prol do Estado.
       A homenagem ocorreu no dia 19 de novembro de 2018, no Plenário da Assembleia Legislativa, decorridos sessenta e sete anos da posse de Enedino como deputado. No momento de sua posse, na 22ª Sessão Ordinária da Câmara, no dia 02 de maio de 1951, sob a presidência de Volney Colaço de Oliveira, apresentou-se Enedino, e em discurso de improviso, afirmava: “quero falar do coração do povo de São Joaquim para o coração dos outros catarinenses aqui tão bem representados por seus 38 deputados”.
       A medalha da Comenda foi recebida pela pesquisadora deste Blog, Ismênia Ribeiro Schneider, filha de Enedino.

Comenda do Legislativo concedida a Enedino Batista Ribeiro (In Memoriam).


Ismênia Ribeiro Schneider, filha de Enedino, recebendo a homenagem do Deputado Dirceu Dresch.

Ismênia Ribeiro Schneider com a medalha da Comenda do Legislativo de SC (2018), em homenagem a seu pai Enedino.



Homenageados na Sessão Solene de Outorga da Comenda do Legislativo de SC. Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 19 de novembro de 2018.

Homenageado Enedino Batista Ribeiro (In Memoriam) pelo Deputado Dirceu Dresch. Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 19 de novembro de 2018.


Enedino Batista Ribeiro[1] nasceu em São Joaquim (SC), a 14 de maio de 1899, filho de duas das famílias mais tradicionais e antigas do município, os Ribeiros e os Souzas. Teve entre seus ancestrais, figuras humanas e políticas relevantes na definição dos caracteres específicos de nossa cidadania, como o avô paterno, Cel. João Ribeiro (1819 – 1894), político tão importante em sua época que foi homenageado por seus contemporâneos com a designação do seu nome para as  praças centrais de Lages e São Joaquim, presidente do Conselho Fiscal do grupo de fazendeiros que fundou São Joaquim em 1 de abril de 1873, segundo prefeito dessa cidade no período de 1891 a 1895; o avô materno, Marcos Baptista de Souza, que sucedeu  o Cel. João Ribeiro na chefia do Partido Republicano na região e também um dos fundadores da cidade de São Joaquim na qualidade de secretário geral dos trabalhos, sendo igualmente grande pecuarista na região de São Joaquim, e no Rio Grande do Sul, em Bom Jesus. Marcos Baptista teve também seu nome reconhecido numa das ruas centrais da primeira dessas cidades; João Baptista de Souza (1800 - 1850), “Inholo”, trisavô materno, também fazendeiro e político; o pai, João Batista Ribeiro de Souza (1860 – 1944), mais conhecido por “Seu Batista”, figura de proa em sua época.
Casou-se com Lydia Palma em 24 de abril de 1926, também de tradicional família joaquinense. Os pais dela, Inácio da Silva Mattos e Ismênia Pereira Machado foram os troncos da conhecida Família Palma. A família “da Silva Mattos” junto com a Cavalheiro do Amaral, liderou a fundação do Partido Liberal – depois Federalista – no município, fato ocorrido na “Fazenda das Palmas” no dia 24 de novembro de 1872.  Esse Partido era oposição ao governo estabelecido, tendo desempenhado fundamental papel na consolidação da Democracia na região, quando da Proclamação da República.
Enedino e Lydia tiveram nove filhos. Querendo propiciar-lhes continuidade nos estudos, inclusive curso superior, oportunidade que São Joaquim ainda não oferecia a seus jovens, radicou-se em Florianópolis. Jamais, porém, ele e a família desligaram-se da cidade natal. Até avançada idade manteve uma pequena fazenda na região do Pericó, para onde todos se deslocavam tão logo acabava o ano letivo. Conseguiu, assim, cumprir importante meta, a de cultivar nos filhos o amor e o apego a São Joaquim. Pelos anos afora, os laços de parentesco continuaram fortes, extrapolando, porém, dessas relações familiares para um convívio fraternal com toda a comunidade joaquinense.
Formado em Farmácia no Rio de Janeiro, em 1923, “Seu Tinoco”, como era conhecido, abriu em São Joaquim uma farmácia, por pouco tempo. Em seguida, foi tabelião, função que o obrigava a viajar a cavalo por todo o município. Foi durante esse período que passou a conhecer profundamente cada rincão de sua terra, suas riquezas e seus problemas.
Em consequência dessa consciência cívica, passou a se interessar por política, única forma que considerava viável para o cidadão interferir nos destinos de sua comunidade. Isolado entre montanhas, sem estradas, sem telefones, etc., o município de São Joaquim era refém de sua geografia e, consequentemente, do seu atraso. O fato era uma preocupação constante para o brioso joaquinense: ver sua terra sempre preterida nas políticas de desenvolvimento do Estado, motivo de indignação e revolta.
Já residindo na Capital, mais perto do poder, decidiu candidatar-se a deputado, para efetivamente ter condições de ajudar a reverter as circunstâncias adversas de sua terra. Como deputado estadual conseguiu aprovar vários projetos que se mostraram decisivos para a inserção do município no caminho do desenvolvimento (ver matéria sobre abertura da Serra).
Em Florianópolis desempenhou várias outras funções:
-       Presidente da Comissão Estadual de Abastecimento e Preços (1954 – 56);
-       Diretor Comercial da Empresa Luz e Força de SC (1956 – 59);
-       Inspetor Geral, interino, da Inspetoria de Veículos e Trânsito Público de SC (1956);
-       2º Oficial do Registro de Imóveis de Florianópolis (1959 – 1960) – quando se aposentou;
-       Representante do Governo do Estado junto ao Conselho Regional do Serviço Social Rural (1959 – 1961);
-       Professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de SC (Disciplina: Farmacognosia), onde se aposentou.
Enedino Ribeiro distinguiu-se também como escritor e historiador, apesar de ser pequena a parcela publicada de sua obra. Dela destacamos a “Monografia de São Joaquim”, de 1941. Como professor titular da cadeira de Farmacognosia, da Universidade Federal de Santa Catarina, publicou um livro didático (em 1959) sobre sua especialidade, que igualmente se notabilizou por sua raridade.
Em 1999, para comemorar seu centenário de nascimento, o Instituto Histórico e Geográfico, do qual era membro efetivo, publicou suas memórias no livro “Gavião-de-Penacho, Memórias de um Serrano”, Volume I da Coleção Catariniana, na qual a entidade publica textos inéditos de escritores catarinenses.
Todos esses aspectos o enaltecem; no entanto, o seu traço mais peculiar e permanente e, por isso mesmo, o mais cativante, foi o de genuíno pecuarista. Filho da região agreste do sul do município, fronteira com o Rio Grande do Sul, criado numa grande fazenda de gado, “São João de Pelotas”, ali forjou o caráter, forte, leal, corajoso e honesto. Pautou a existência por princípios, segundo os quais vivia e educava os filhos. Inteligente e curioso, passou boa parte de sua vida a estudar. Seu interesse abraçava todos os ramos do conhecimento, da Música à Pintura, da História à Astronomia, da Biologia à Antropologia, etc.
Seu legado para a família, os conterrâneos e amigos foi o exemplo de sua vida, simples, mas plena de riquezas interiores, da altivez própria do homem telúrico, daquele que vive nos altiplanos.
Enedino faleceu em Florianópolis no dia 10 de abril de 1989.


Mais informações sobre Enedino, suas ações no Estado, e sobre sua família em:



[1] Filiação: João Batista Ribeiro de Souza (1860-1944) e Cândida dos Prazeres Batista de Souza (1871- 1930).

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Rua Gregório Cruz


Ismênia Ribeiro Schneider
Cristiane Budde
Edinna B. Pereira Figueiredo

A matéria de hoje diz respeito a mais um personagem homenageado com um nome de Rua em São Joaquim (SC): Gregório Cruz. De acordo com Nercolini (1947, p. 92), “Gregório Pereira da Cruz, foi grande líder da Comunidade, fundador do Banco de Crédito Popular e Agrícola de São Joaquim, em 1928, Prefeito Municipal nos idos 1936-1941. Gerente do Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina S/A (INCO), extinto, hoje Bradesco”[i].
Gregório Pereira da Cruz nasceu em 08/01/1881 e foi batizado em 25/12/1882[ii]. Filho de Ignácia Theodora de Lima (batizada com um ano, em 23.01.1863 - falec. 20.02.1940)ii. Segundo a pesquisadora Edinna Figueiredo (2018), Gregório Pereira da Cruz, nasceu beneficiado pela lei do ventre livre, conforme consta no seu registro de batismo:

Aos 25 de agosto de 1881 nesta Matriz de Lages, baptizei e pus os Santos Óleos ao inocente Gregório, nascido em 08 de janeiro do corrente ano, liberto pela lei de 28 de setembro de 1871, (lei do ventre livre) filho de Ignácia, parda, solteira, escrava de Thimóteo Pereira da Cruz. Foram padrinhos João Francisco de Medeiros e [?] Pereira de Medeiros. Ass. Vigário Antônio Luiz Esteves de Carvalho. (Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres de Lages, 1881, liv. 28B, p. 19)ii.

Ignácia Theodora de Lima (batizada com um ano, em 23/01/1863 – falec. 20/02/1940ii) era “filha de Theodora Rosa de Jesus ou Lima, escrava de dona Isabel Joaquina de Jesus e pai incógnito, foram padrinhos Thimóteo Pereira da Cruz e Nossa Senhora dos Prazeres” (FIGUEIREDO, 2018, p. 249). (Ver abaixo mais informações sobre Ignácia Theodora de Lima)

Gregório casou-se em primeiras núpcias, em 15.08.1909 (liv. 5C, p. 3, CRC-SJ), com Maria da Conceição Borges de Mello ou Maria da Conceição Pereira, filha de João José de Almeida Mello e Maria Borges do Amarante. Residiam em São Joaquim, na Rua Bento Cavalheiro do Amaral. No registro de casamento do Gregório e Maria da Conceição, consta que ele é filho ilegítimo da Inácia Theodora e de pai incógnito. Geraram quatro filhos.

Filhos de Gregório com Maria da conceição (primeiro casamento)ii:

N. Clodomiro Pereira da Cruz (nasc. 31.01.1910, liv. 3RN, reg. 05, CRC-SJ), casado em 12.11.1932 (liv. 6C, p. 351, CRC-SJ), com Jurandy Brasil (nasc. 01.05.1913, liv. 3, RN, p. 195, CRC-SJ), filha de Gil Brasil (1885 – 18/10/1939) e Esmeraldina Pereira. Residiam em Curitiba- PR. Geraram seis filhos:
Bn. Jaci Pereira da Cruz, casada com Dilton José Felix Kjellin, filho de Carlos Justino Kijellin e Alvina Felix Kijellin, residentes no distrito de Capivari, Tubarão- SC. Geraram dois filhos e adotaram uma filha.
Tn. Carlos Kjellin;
Tn. Paulo Roberto Kjellin;
Tn. Sandra Kjellin (adotiva).

Bn. Maria Namir Pereira da Cruz, casada com Ary Costa, filho de Thomaz Marcelino Costa Nunes e Carlota ou Charlot Erna Schulze Costa. Geraram quatro filhas.

Bn. Juçara Pereira da Cruz (*1940 - †24.06.1987), liv. 13, reg. 1.401, CRC-SJ, faleceu de infarto agudo miocárdio, casada com Serafim Edgar Flores, filho de João Batista Flores e Maria Beatriz. Geraram três filhos.

Bn. Gregório Gil Pereira da Cruz “Chicão” (*1948 - †04.02.1986), liv. 13, reg. 1.203, CRC-SJ, fruticultor, casado com Zeneide Faust, bancária. Geraram três filhos.
Tn. Danny Faust Cruz;
Tn. Juliano Faust Cruz;
Tn. Danielli Faust Cruz, falecida em 2014.

Bn. Clodoaldo Pereira da Cruz.

Bn. Clodomiro Pereira da Cruz Filho (*1955 - †27.03.1992), liv. 15, reg. 2.052, CRC-SJ, faleceu de asfixia, solteiro, sem geração.

N. Maria Inácia Pereira da Cruz (*1911 - †05.10.1991), liv. 14, reg. 1.983, CRC-SJ, casada com Cornélio Hugen Netto (*16.08.1910 - †20.09.1987), filho de Francisco Schlichting Hugen e Maria Adriana Schlichting Hugen.
Filhos:
Bn. Jacira Hugen (01/03/1939 – 04/10/1939).
Bn. Elmira Hugen (1944 – 18/03/1945).
Bn. Vandira Hugen (1946 – 29/09/1958).
Bn. Maria Conceição Hugen, c.c. Antônio Ribeiro, filho de Horácio Ribeiro Guedes e Delícia Borges Ribeiro.
Bn. Lúcia Hugen.
Bn. Laudo Hugen.
Bn. Iraci Hugen.
Bn. Linaura Hugen.

N. Valdomiro Pereira da Cruz (*1913 - †27.08.1992), liv. 15, reg. 2.104, CRC-SJ, faleceu de AVC, em Florianópolis-SC, foi sepultado em São Joaquim- SC, foi gerente do Banco Inco, casado com Arcíria da Rosa (*1914 - †11.07.1993), liv. 15, reg. 2.212, CRC-SJ, faleceu em Florianópolis-SC, filha de João Francisco da Rosa e Felicidade Amélia Rodrigues.
Geraram seis filhos, mas somente três foram informados no registro:
Bn. Schirley Cruz, casada com Zenon Westphal (*1935 - †05.04.1987), liv. 13, reg. 1355, CRC-SJ, residia em Curitiba – PR e foi sepultado em São Joaquim, filho de Maria Dulce e Theodoro Westphal. (v. Silva, Henrique Cândido da)
Bn. Marilena Cruz, professora, casada com Abel Hugen de Liz, "Kiko", filho de Olympio Hugen de Liz e Israelina Vargas de Liz. (v. Hugen, Cornélio);
Bn. Wilson da Rosa Cruz.

N. Altamiro Pereira da Cruz, advogado, residia em Caçador – SC.” (Figueiredo, Edinna)


Em segundas núpcias, Gregório casou, em 27.07.1918 (liv. 6C, p. 152, CRC-SJ), com Domingas Fontanela (nasc. 1898, em São Joaquim-SC[iii] - falec. 06/01/1984ii), filha de Marcos Fontanella (29/10/1874 – 18/08/1949) e Madalena de Bonna Sartor (nasc. 03/12/1876)[iv].
Um dado interessante foi apontado pela pesquisadora Edinna Pereira Figueiredo: “No registro de casamento do Gregório com a Domingas, informa que o mesmo é filho de Ignácia Theodora de Lima e do pai adotivo Thimóteo Pereira da Cruz” (FIGUEIREDO, 2018, p. 250).

Filhos de Gregório Pereira da Cruz e Domingas Fontanella[v],ii:

N1.1 – Normélia Fontanella Pereira da Cruz (23/05/1919 – 16/02/2010), viúva de Cícero Pereira (1914 – 13/07/1998), filho de Inácio Pereira de Medeiros e Belisária. 

N1.2 – Norma Fontanella Pereira da Cruz (nasc. 06/11/1926), c.c. Jarbas do Amarante Ferreira, “Bio Ferreira” (1924 – 04/06/1991), pecuarista, filho de Oscar Alves Ferreira e Páschoa Batista. 

N1.3 – Alcidomiro Pereira Cruz (26/11/1928 – 08/05/1997), c.c. Zilma Nunes (27/05/1927 – 25/05/2008), filha de Firmino José Nunes e Júlia Costa Nunes.


Rua Gregório Cruz, São Joaquim (SC). Fonte: Google Street View.

Gregório Pereira da Cruz faleceu em 11/11/1960, de aterosclerose cerebral (atestado do Dr. Edigio Martorano)[xii]..


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Ignácia Theodora de Lima

Ignácia Theodora de Lima (23/01/1862[vi], Lages/SC - 20/02/1940[vii]), c.c. Saturnino Julio Pinto (da Silva) (nasc. 02/11/1853[viii]). Saturnino, filho de Julia Maria de Arruda (escrava de Manoel Joaquim Pinto) e pai incógnito.
Casamento de Ignácia e Saturnino[ix]: 08 de março de 1890. Testemunhas: Rufino Pereira de Medeiros e Thimóteo Pereira da Cunha e Cruz (padrinho de batismo de Ignácia).
            Ignácia é filha de Theodora Rosa de Jesus (Lima), escrava de Izabel Joaquina de Jesus, e de pai incógnitovi.

Nota: Theodora é ancestral de dois conhecidos radialistas em São Joaquim, Luiz Mattos e Rogério Pereira “Pirata”.

            Era domiciliada e faleceu na Fazenda do Cedro, distrito de Sant’Ana, São Joaquim, hoje Urupema.
Segundo seu registro de óbito, Ignácia teve quatro filhos. Entretanto, são se sabe ao certo com qual companheiro teve três deles. Assim, por exemplo, no registro de casamento de um dos filhos, Gregório Pereira da Cruz, o pai consta como incógnito. Contudo, no segundo matrimônio de Gregório, Thimóteo Pereira da Cruz é citado como seu pai adotivo.
Segundo a pesquisadora Edinna Figueiredo, Inácia teve filhos com Francisco Zeferino Lopes da Cunha Mattos”.

Filhos de Ignácia:
1.      Sebastião Pereira da Cunha Matos;
2.      Gregório Pereira da Cruz;
3.      Salomé de Matos Lima, “achando-se ausente em lugar incerto e não sabido há vinte e nove anosvii no registro de óbito da mãe, Ignácia.

Filha de Ignácia com Saturnino (com quem foi casada):
4.      Maria Inácia da Silva (nasc. 03/02/1898, bat. 25/04/1899[x]), c.c. Boaventura Candido da Silva.

Ignácia Theodora de Lima (foto do acervo de Cecilia Voanir, fornecida por Edinna Figueiredo e Rogério Palma de Lima).


Nota:
Ignácia teria sido filha de João de Deus Pinto de Arruda? Alguns pesquisadores afirmam que sim, mas não foram encontrados documentos que comprovem a informação, pois nos documentos ela aparece como filha de pai incógnito e da escrava Theodora. Ignácia seria filha de João de Deus Pinto de Arruda com a escrava Theodora?
Além disso, acredita-se que Ignácia tenha se relacionado, antes do matrimônio, com Francisco Zeferino Lopez da Cunha Matos, como afirma a pesquisadora Ruiz[xi] e também a pesquisadora Edinna Figueiredo, ao afirmar que Ignácia teve filhos com Francisco. Acredita-se também que, mais tarde, Ignácia teria se relacionado com Thimóteo Pereira da Cunha e Cruz, que foi seu padrinho de batismo, testemunha em seu casamento com Saturnino e aparece como pai adotivo de Gregório Pereira da Cruz (filho de Ignácia).


Referências
Acervo pessoal de Ismênia Ribeiro Schneider.



[i] NERCOLINI, Maria Batista. Histórico da cidade de São Joaquim e os costumes de seu povo. Blumenau em Cadernos, Tomo XXVIII, n. 3. março de 1987, pp. 81-92.

[ii] FIGUEIREDO, Edinna. B. Pereira. Raízes centenárias de São Joaquim da Costa da Serra. Videira: Êxito: 2018.

[iii] Dado de Rogério Palma de Lima, inserido no site Genoom.

[iv] Acervo pessoal de Ismênia Ribeiro Schneider. Breve Estudo Genealógico da Família Fontanela na Região Serrana de SC.

[v] Dados inseridos no site Genoom por Tania Aparecida Costa.

[vi] Batistério de Inácia Teodora de Lima, 1862. Documento fornecido por Rogério Palma de Lima.

[vii] Óbito de Inácia Teodora de Lima, 1940. Documento fornecido por Rogério Palma de Lima. Disponível em: https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-267-12329-56665-78?cc=2016197&wc=MXYR-PPD:339728001,339728002,339820201.

[viii] Batistério de Saturnino Julio Pinto, 1854. Documento fornecido por Rogério Palma de Lima.

[ix] Matrimônio de Ignácia Theodora de Lima e Saturnino Julio Pinto, 1890. Documento fornecido por Rogério Palma de Lima.