sábado, 23 de dezembro de 2017

Boas festas!

Olá!
Neste momento entramos em um período de recesso, retornando as matérias no final de janeiro de 2018.
Muito obrigada aos nossos leitores, que acompanham o nosso trabalho e auxiliam na sua divulgação.
Ano que vem retornaremos com mais pesquisas para vocês!

Um ótimo natal e um ano ano próspero, com muita paz, saúde e felicidade!


Abraços,
Ismênia e equipe.



sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Rua Antônio José Alves de Sá



            No Bairro Madre Paulina, em São Joaquim (SC), localiza-se a Rua Antônio José Alves de Sá, que homenageia o primeiro prefeito (intendente) do município, eleito para o período de 1887 a 1891.
Antônio José Alves de Sá era filho do Comendador BERNARDINO ANTÔNIO DA SILVA E SÁ (falec. em Lages em 21.08.1880) e de MARIA ANTÔNIA DA SILVA (Lages, 10.05.1824 -  ?).
Nota: Maria Antônia da Silva era filha de Matheus José de Souza Jr. (01.11.1792 (matriz de Lages,L1, fls.89-v) – 1873) e de Ana Maria do Amaral (batizada em Lages, 26.10.1793, L2,fls.3). Maria Antonia, portanto, era neta de Matheus José de Souza, açoriano (1737- 1820), que muito jovem radicou-se no Rio, onde constituiu família. Após a morte da esposa, com os dois filhos homens mudou residência para a região de Lages, que estava sendo desbravada pelo governo português. As duas filhas mulheres permaneceram no Rio, perdendo o contato com o resto da família. Matheus engajou-se nos trabalhos de construção do município, chegando a ser vereador, juiz, ao mesmo tempo que se voltava para a atividade pastoril, como meio de vida.
Em primeiro de fevereiro de 1786, em Lages, (matriz, L1, Fls30-v), casa-se com Clara Maria de Athayde, batizada na matriz de Lages a 17 de abril de 1774, falecida em 13.09.1810 (L2, Fls26), sendo sepultada na igreja, pelo vigário Francisco José de França. Matheus e Clara tornaram-se o casal patriarca da Família SOUZA em SC, contemporâneo de Correia Pinto na fundação de Lages, e que comprou na Costa da Serra, hoje Bom Jardim, de Manoel Márquez Arzão, a Fazenda Nossa Senhora do Socorro., cerca de 1775. O casal teve sete filhos, ancestrais de representativas famílias serranas, dentre as quais, sobressai a família de Matheus José de Souza Júnior, casado com Ana Maria do Amaral, filha do Sargento–mor João Damasceno de Córdova e Maria de São Boaventura do Amaral e Silva. Deles descende Maria Antônia, que, ao se casar com o Comendador Bernardino Antônio da Silva e Sá, tornou-se a mãe do primeiro prefeito de São Joaquim.


Filhos do Comendador Bernardino Antonio da Silva e Sá e de Maria Antônia da Silva:

F1 – Tenente ANTÔNIO JOSÉ ALVES DE SÁ, c.c. CAMILLA MARIA DE JESUS (08/07/1854 - 22/11/1923i), filha de Antônio Pereira de Camargo, dono da Fazenda “do Curralinho”, em São Joaquim, onde faleceu, muito jovem, em 1854, mordido por uma cascavel. Camilla é filha póstuma, a mais nova de três filhos.
A mãe de Camilla era “Donana”, Anna Antunes de Jesus, falecida a 10 de agosto de 1884, 30 anos após o marido, que substituiu na guarda dos filhos e na direção dos negócios, ampliando-os de modo que o espólio que recebeu de 16:720$580, por ocasião de sua morte estava em 46:815$361.
Matrimônio de Antônio e Camilla: 29 de agosto de 1869, Lages-SC[i].

Notas:
Donana era filha de Manoel Palhano de Jesus (em seu inventário de 1841, arquivado no MJ), conhecido, porém, na comunidade joaquinense, (em Enedino Batista Ribeiro e Joaquim Galete da Silva, por exemplo), como João Baptista Palhano Prestes c.c. Constância Maria de Souza, gaúcha, pais de oito filhos, por sua vez, troncos de importantes famílias serranas. Conta a crônica familiar que Manoel Palhano Prestes era tio de D. Leucádia, a mãe de Luiz Carlos Prestes.
Os dois irmãos de Camilla Maria de Jesus eram:
i – JOÃO PEREIRA CAMARGO (1848 -  ?), c.c. Prudência Domingues Arruda, filha de João Domingues Arruda (1843 - ?) e Henriqueta Maria dos Santos, pais de 10 filhos, entre ele, Rosendo Pereira Camargo, c.c. Brasiliana de Araújo, pais do famoso criador de gado franqueiro da Coxilha Rica, Nelson  Araújo de Camargo;
ii – MARIA ANTONIA DE JESUS (1844 - ?), c.c. Thomás Antônio de Souza ( “Thomazinho”). 13 filhos.

Filhos de Antônio José Alves de Sá e Camillai:
N1 – José Antônio (nasc. 06/12/1870), c.c. Amélia Floriana de Lacerda (1868 - 03/09/1906).
N2 – Júlio (nasc. 04/04/1872).
N3 – Dorvina (nasc. 1875).
N4 – Adolphina (Adelina) (nasc. 29/08/1876), c.c. José Cecílio Pereira.
N5 – Emilia (Adilia) (nasc. 21/10/1878)
N6 – Bernardino (nasc. 10/04/1880).
N7 – Anália (nasc. 19/041882).
N8 – Donária (nasc. 01/02/1891).
N9 – Maria Ignácia (nasc. 1894), c.c. Theodoro Francisco Siqueira (nasc. 1883).
N10 – Mercedes.

Retomando os filhos do Comendador Bernardino Antonio da Silva e Sá e de Maria Antônia da Silva:

F2 – ANNA, c.c. João Antunes Sobrinho.
F3 – BERNARDINO ANTONIO (nasc. 1843), casou-se duas vezes:
- Ana Maria Luizai;
- Lucinda Lopes (1865 - 22/09/1910)i.                                                                                                                      
F4 – ILDEFONSO ALVES DE SÁ, casado.
F5 – AMÉLIA, c.c. José Madruga de Córdova;
F6 – LEOPOLDINO ALVES DE SÁ (nasc. 16/12/1850), casou-se duas vezes:
- Silvina Joaquina da Rosai;
- Izabel da Silva Nery (nasc. 1870)i.
F7 – MARIA ANTÔNIA (02/05/1854 - 04/11/1925i), c.c. João Domingos Moreira Branco (1852 - 22/02/1925).
F8 – JOSEPHA, c.c. João José Fernando.
F9 – JÚLIO ANTÔNIO DA SILVA E SÁ, c.c. Cândida Olivia Pereirai.
F10 – ADELINA, c.c. Manoel Madruga de Córdova.
F11 – JOÃO ANTÔNIO DA SILVA E SÁ (nasc. 02/12/1862), c.c. Maria Casemira dos Santos.

A família tinha fazenda, chamada “Três Imbus”, no Distrito de “Baguais”, hoje Campo Belo do Sul. Possuía também cinco escravos e uma casa de residência em Lages.O inventário do Major Bernardino Antônio da Silva e Sá, de 1880, encontra-se arquivado no Museu do Judiciário de SC, em Florianópolis. Trabalhou no inventário o Juiz de órfãos, Dr. Manoel Cardoso Vieira de Mello, tendo funcionado como Escrivão de Órfãos: João José Theodoro da Costa.

---

Sobre a nomeação do Intendente:

Nos primeiros tempos da vida política independente dos Municípios, o Intendente (prefeito) era nomeado diretamente pelo Presidente da Província (Governador), mas escolhido entre os sete vereadores eleitos pelo povo. A primeira Câmara de São Joaquim foi escolhida no dia 7 de maio de 1887, com a presença do sr. Presidente da Câmara Municipal da cidade de Lages, Belisário José de Oliveira Ramos, sendo eleitos os seguintes cidadãos: Marcos Baptista de Souza, Mateus Ribeiro de Souza, José Rodrigues de Souza, Policarpo José Rodrigues, Aureliano de Souza e Oliveira, João de Deos Pinto de Arruda, Antonio José Alves de Sá.

Segue transcrição da ata da posse:

CÂMARA MUNICIPAL:
“Aos sete dias do mês de maio do ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil oitocentos e oitenta e sete, nesta vila de São Joaquim da Costa da Serra, na sala da casa determinada para as funções da Câmara Municipal, pelas dez horas da manhã, aí presente o sr. Presidente da Câmara Municipal da Cidade de Lajes, Belisário José de Oliveira Ramos, comigo Secretário do Seu cargo, abaixo nomeado, compareceram os cidadãos Mateus Ribeiro de Sousa, Capitão Marcos Batista de Sousa, tenente Antônio José Alves de Sá, alferes José Rodrigues de Sousa, João de Deus Pinto de Arruda, Aureliano de Sousa e Oliveira e Policarpo José de Sousa, digo, Policarpo José Rodrigues, eleitos vereadores da câmara da mesma vila, para servirem no corrente quadriênio de mil oitocentos e noventa; o sr.  Presidente nos deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles, em que cada um por sua vez pôs a sua mão direita, prometendo de bem desempenharem as funções de vereadores da dita Câmara de São Joaquim da Costa da Serra, e promover o quanto em si couber os meios de sustentar a felicidade pública. E como assim disseram mandou o sr. Presidente lavrar este termo, em que assinam como os juramentos. Eu, João da Cruz Silva, Secretário, que o escrevi, fiz a entrelinha que diz – Policarpo José Rodrigues. (Ass.) Belisário José d’Oliveira Ramos, Marcos Batista de Souza, Mateus Ribeiro de Souza, José Rodrigues de Souza,  Policarpo José Rodrigues, Aureliano de Souza e Oliveira, João de Deos Pinto de Arruda, Antônio José Alves de Sá”
Fonte: (Ribeiro, 1941).

Naquela data, era Presidente da Província, em sua 37ª gestão, o sr. Francisco José da Rocha, do Partido Liberal, que governou Santa Catarina de 29.09.1885 a maio de 1888. Esses acontecimentos ocorreram durante o último Gabinete Ministerial de D. Pedro II antes da Proclamação da República (15.11.1889) e que pertencia ao Partido Liberal, dirigido pelo Visconde de Ouro Preto. Por essa razão, foi escolhido como Primeiro Intendente do Município um vereador filiado a essa agremiação política: ANTONIO JOSÉ ALVES DE SÁ.

Rua Antônio José Alves de Sá, São Joaquim (SC).


Referências

Banco de Dados de Joaquim Galete da Silva, Enedino Batista Ribeiro, Ismênia R. Schneider.

CARVALHO, José Murilo. A Criação da Ordem. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

MUSEU DO JUDICIÁRIO CATARINENSE. Inventário do Major Bernardino Antônio da Silva e Sá, de 1880. Florianópolis.

MUSEU DO JUDICIÁRIO CATARINENSE. Inventário de Anna Antunes de Jesus de 1884. Florianópolis

OLIVEIRA, Sebastião Fonseca. Aurorescer das Sesmarias Serranas. Porto Alegre:  Edições EST, 1996.

RIBEIRO, Enedino Batista. São Joaquim, Notícia Estatístico-Descritiva. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Departamento Estadual de Estatística. Estado de Santa Catarina. Publicação n. 23. Florianópolis, 1941.




[i] Dados disponibilizados pelo pesquisador Rogério Palma de Lima.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Rua Genovêncio Mattos


         No centro da cidade de São Joaquim (SC), entre as ruas Leonel Machado e Domingos Martorano, localiza-se a Rua Genovêncio Mattos, que recebeu esse nome em homenagem a mais um personagem importante da Região Serrana.
            GENOVÊNCIO DA SILVA MATTOS nasceu em 04.08.1863, batizado em 25.10.1864, na Igreja São João Batista, em Imaruhy-SCi, filho de Joaquim da Silva Mattos Sobrinho (nome jurídico), mais conhecido por Joaquim das Palmas da Silva Mattos (02/05/1831 - 25/10/1916[i]), e de Theodora Alves da Silva (20/09/1840 - 15/12/1937).
Nota: Joaquim das Palmas era filho de João Zeferino de Mattos (1799 - 26/04/1843) e Anna Zeferino de Mattos (ou Anna Joaquina da Conceição Cardoso, de Tubarão). Theodora era filha do Tenente Coronel José Alves da Silva e de Albina Maria.

            Genovêncio foi um grande líder político serrano do Partido Liberal, condecorado com a patente de Coronel da Guarda Nacional, pelo então Presidente da República Prudente de Moraes[ii].

Nota: Durante o período do Império e parte do da República, os indivíduos poderosos e de grande influência política eram também considerados responsáveis pela segurança do país. Dessa forma deveriam organizar os cidadãos aptos com o fim de servirem em situações de emergência, em unidades militares da Guarda Nacional. De acordo com o efetivo organizado, recebiam então os postos militares correspondentes. A Guarda Nacional foi extinta em 1922, mas a denominação permaneceu como forma de tratamento respeitoso a uma pessoa importante.

Figura 1 - Genovêncio da Silva Mattos (Fonte: Página de Glacy Weber Ruiz. Acervo de Cida Mattos Ribeiro).

Casou em primeiras núpcias, em 25/01/1889[iii] (Lages, SC), com CAMILLA NUNES DE SOUZA BORGES (ou Camilla Nunes da Silva) (nasc. 1871, bat. 21.12.1871, na Matriz de Lages-SC, com um mês de idade, falec. 13.11.1908 em S. Joaquim-SC), filha de Joaquim Fermino Nunes e Maria Antonia de Souza Borges.
Filhos de Genovêncio e Camilla[iv]:
F1. Alcidia da Silva Mattos (nasc. 04.02.1890, em São Joaquim-SC, bat. 03.02.1890, falec. 19.01.1901, em S. Joaquim-SC). Faleceu com onze anos de idade[v].
F2. Orlades Matos (nasc. 30.06.1891, em São Joaquim-SC).
F3. João Mattos (Janjão) (nasc. 07.09.1892, bat. 30.11.1892, falec. 01.07.1929, São Joaquim-SC). Embora tenha falecido solteiro, deixou descendentesi.
F4. Julio Nunes Mattos (nasc. 29.10.1895), c.c. Abrilina Godoy Azevedo (14/11/1898 - 05/08/1969[vi]), filha de Geraldo Caetano Azevedo (1868 - 1922) e Maria Antonia de Godoy (nasc. 23/01/1879).
F5. Eutília Matos (ou Otília) (nasc. 23.10.1897), faleceu por afogamento no Rio Rondinha.
F6. Maria Matos (nasc. 30.09.1900 em São Joaquim-SC), c.c. Abel José da Luz.
F7. Maria Benta Matos (nasc. 13.03.1904, bat. 03.04.1904, em S. Joaquim-SC).
F8. Joaquim Matos (nasc. 04.04.1906, bat. 15.04.1906, em S. Joaquim-SC), c.c. Otillia Mattos.
F9. José Matos (nasc. 17.06.1902, bat. 10.08.1902, em São Joaquim-SC - 17/01/1987), casamento a 25.01.1929 com Otília Caetano Mattos (ou Otilia Antonia Barboza) (13/11/1911 - 17/08/1982).
José Matos era comerciante, tinha Armazém de Secos e Molhados em São Joaquim, SC.

Genovêncio da Silva Matos casou, em segundas núpcias, no dia 07.03.1910, com IZABEL ANTONIA DE GODOY (1880 - 22.11.1955), filha de Joaquim Antonio de Godoy (15/05/1852 - 08/06/1929) e Ana Cavalheiro do Amaral (1857 - 27/12/1921).
Filhos:
F1. Pedro Matos (nasc. 23.02.1910 - 18/02/1988), casou em 1934 com Helena Mattos (nasc. 08.01.1914, falec. 21.09.1991), filha de Saturnino da Silva Mattos e Maria Anna de Jesus.
F2. Ondina (ou Hundina) (nasc. 13.03.1912).
F3. Valdivia Matos Bathke (Iva) (nasc. 30/11/1913iv).
F4. Sérgio Mattos (nasc. 09.09.1915, em S. Joaquim - SC, bat. 25/12/1915, na matriz de São Joaquim, falec. 12.10.1994, em Curitiba-PR). Casou em São Joaquim-SC a 23.09.1938 com Julieta Melchiades Nunes de Souza (02.07.1920, em Urubici-SC - 14/03/2009vi), filha de Manoel Melchiades de Souza Machado e Bernardina Lídia Nunes.
F5. Samuel Matos (nasc. 18/04/1918), c.c. Ruth Nunes (nasc. 11/06/1924vi). Samuel faleceu em acidente automobilístico.
F6. Anna Matos Ribeiro (nasc. 02.07.1926, em S. Joaquim – SC), casada com o pecuarista Hermelino da Silva Ribeiro (08/08/1885 - 27/01/1967), filho de Cathólico da Silva Ribeiro (15/12/1852 - 21/11/1887) e de Joana Rodrigues (Gertrudes) Pereira (nasc. 23/06/1861). Anna faleceu em 26/05/2014vi.
F7. Adriano (09/01/1928 - 10/04/1929, em S.Joaquim-SC, faleceu com idade de 1 ano e 3 meses).


Genovêncio faleceu a 13.02.1960 e foi sepultado no Cemitério Santo Anjo da Guarda, em São Joaquim-SCii.

Figura 2 - Rua Genovêncio Mattos, São Joaquim (SC).


 Referências



[i] Inventário de Joaquim das Palmas da Silva Mattos (1917). Inventário Judicial Registrado a Fls 11 do L1º (Sem Testamento), Juízo de Direito da Comarca de São Joaquim da Costa da Serra.
[ii] RUIZ, Glacy Weber. Genovêncio da Silva Mattos. Disponível em: http://www.familiasilvamattos.com.br/genovencio_silva_mattos.html. Acesso em: 27/11/2017.
[iii] Documento localizado por Tânia Costa. Matrimônio de Genovêncio da Silva Mattos e Camila Nunes, 1889. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HT-61N9-ZTP?wc=MQ51-H2S%3A337699901%2C337699902%2C338202301&cc=2016197. Acesso em: 27/11/2017.
[iv] Documentos disponibilizados por Tânia Aparecida Costa e Rogério Palma de Lima e Matéria de Glacy Weber Ruiz: Genovêncio da Silva Mattos. Disponível em: http://www.familiasilvamattos.com.br/genovencio_silva_mattos.html. Acesso em: 27/11/2017.
[v] Documentos disponibilizados no site Genoom por Tânia Costa e Rogério Palma de Lima. Nascimento de Alcidia da Silva Mattos: https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-267-12696-48651-13?cc=2016197&wc=MQ5Y-7WL:337699901,337699902,337716001  e Óbito de Alcidia da Silva Mattos. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:S3HY-6RQV-G5?i=199&cc=2016197. Acesso em: 30/11/2017.
[vi] Dados disponibilizados por Rogério Palma de Lima no site Genoom. 

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Viagem à Serra Catarinense

Hoje selecionamos algumas imagens representativas de nossa Serra Catarinense, fotografadas durante viagem a Bom Jardim da Serra e São Joaquim.
Dentre elas, podemos ver a Casa de Pedra (Fazenda do Socorro)*, a Serra do Corvo Branco, o Canyon Laranjeiras, avistado da Fazenda Rincão da Palha (Bom Jardim da Serra, SC) e o Mirante dos Pinheiros (São Joaquim, SC).
Fotos de Daniela Ribeiro Schneider e José Manuel Palop Herreros.








Xaxim na Fazenda Rincão da Palha.


Mirante dos Pinheiros.


* Matérias sobre a Casa de Pedra:
http://genealogiaserranasc.blogspot.com.br/2017/03/casa-de-pedra-150-anos_30.html
http://genealogiaserranasc.blogspot.com.br/2012/08/novos-fatos-sobre-casa-de-pedra-da.html

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Rua Prudente Cândido da Silva

       No Bairro Três Pedrinhas, em São Joaquim (SC), localiza-se a Rua Prudente Cândido da Silva, em homenagem a:
PRUDENTE CÂNDIDO DA SILVA FILHO (04/12/1942 - 28/02/1999), “Tio Pruda”, c.c. Lílian Hering.
Ele era filho de pai com o mesmo nome, PRUDENTE CANDIDO DA SILVA (25.04.1904 – 30.08.1977), e de CÂNDIDA PALMA CANDIDO (09.06.1904 – 29.04.1953).
Prudente (o pai), por sua vez, era filho de Vidal Cândido da Silva e de Teodorina Cardoso Rocha.
Cândida Palma era filha de Ignácio da Silva Mattos (“Inácio Palma”) (1860 - 15/07/1935) e de Esmênia Pereira Machado (27/01/1869 - 16/09/1934) (“Ismênia Palma”), conhecida família de São Joaquim (SC).

Nota: Mais informações sobre o casal Cândida Palma e Prudente Cândido da Silva (pai) e seus filhos em: https://genealogiaserranasc.blogspot.com.br/2014/04/filhos-de-ignacio-da-silva-mattos-e.html

Prudente Cândido da Silva Filho teve importante participação social e política no município de São Joaquim (SC), onde foi prefeito[i].

Figura 1 - Prudente Cândido da Silva Filho, "Tio Pruda". Fonte: São Joaquim de Fato. (Foto do início de fevereiro de 1999)

Figura 2 - Rua Prudente Cândido da Silva, São Joaquim (SC).


           De acordo com site do DEINFRA, há também uma rodovia que recebeu o seu nome:

Rodovia Prudente Cândido da Silva (DEINFRA[ii])
Denomi-nação
Rodovia/
acesso
Km inicial
Km final
Início do segmento
Fim do segmento
PRUDENTE CÂNDIDO 
DA SILVA FILHO
SC-110
421,569
436,836
Entr. SC-390 
(p/ Bom Jardim da Serra)
São Jqm 
(Entr. Norte SC-114/SC-390)
SC-114
274,579
306,272
Rio Lavatudo
São Jqm 
(Entr. Norte SC-110/SC-390)
SC-390
364,827
392,042
Entr. SC-110 
(p/ Urubici)
Bom Jardim 
da 
Serra 
(Entr. SC-450)


Figura 3 - Rodovia Prudente Cândido da Silva Filho, SC-114. Fonte: Recorte da imagem postada em Eron Portal - notícias e entretenimentos da região (colaboração da profa. Mirian Palma, sobrinha do Tio Pruda).


            Vejamos um texto de Glauco Silvestre, publicado em seu site, “São Joaquim de Fato”, onde conta um pouco da vida de Prudente, conhecido por muitos como “Tio Pruda”.


“Saudades: 12 anos sem Tio Pruda
(por Glauco Silvestre, texto publicado no site São Joaquim de Fato, 2011[iii])

Se estivesse entre nós, hoje (quatro de dezembro de 2011), Tio Pruda iria completar 69 anos de vida.
Sabe aquele amigo que todo mundo tem prazer em bater papo por tempo e que envolve as rodinhas de conversa?! Ele era articulador, irônico, extrovertido e boa praça.
 Tio Pruda nos deixou cedo e provocou um vácuo, um vazio na cidade.  Tinha bom relacionamento e trânsito com todos, até mesmo os adversários políticos.
Prudente Cândido da Silva Filho, nasceu no dia quatro de dezembro de 1942 na Fazenda São José do Alecrim, na localidade de Murta (Lomba) em São Joaquim. SC. Filho de Prudente Candido da Silva e Cândida Palma, casou-se com Lilian Hering Silva e teve quaro filhos: Ciro Eduardo Cândido Silva, os gêmeos Carlos Cândido Silva e Claudio Cândido Silva, e Prudente Cândido Silva Neto.
Foi personagem lendário da vida social e política de São Joaquim devido ao seu grande senso de humor e presença de espírito, alimentando ainda na atualidade o ideário político da cidade ao qual serve como modelo de probidade e conduta, além de ser invocado pela facilidade de relacionamento com todas as facções políticas de sua época, onde foi respeitado e admirado.
Na vida profissional, foi formado em direito e jornalismo pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), foi advogado militante na comarca de São Joaquim, vereador por uma legislatura, prefeito municipal 1983 até 1988, secretário executivo no governo Vilson Kleinubing de 1991 ao início de 1994. Diretor da SANTUR por nove meses em 1994. Faleceu no dia 28 de fevereiro de 1999 em Florianópolis, aos 56 anos de idade, quando exercia o cargo de Diretor Financeiro da CIASC no governo Esperidião Amin.

Carismático
Tio Pruda tinha conversa sincera e bem humorada, nunca perdia a paciência e conhecia muita, muita gente. Em São Joaquim sabia de habitante por habitante. Um dos seus filhos, o mais novo, o Pruda, quando criança costumava brincar com o pai nas horas vagas com a lista telefônica. “Pai! Onde mora o Sr. fulano de tal… em seguida ele respondia, rua tal, próximo daquele lugar. E todas as respostas eram exatas”.
Ele era muito conhecido também em outras cidades, no calçadão da rua Felipe Schmidt em Florianópolis – cidade berço de políticos – por exemplo, alguns amigos quase se irritavam ao andar com ele. “Não é possível! A gente leva mais de uma hora pra atravessar o calçadão, muita gente conhece ele e vai conversar”, disse um cunhado.
Outro fato inédito aconteceu em São Paulo capital, em viagem que fazia com o ex-prefeito Rogério Tarzan. Ao parar o carro em uma sinaleira Tarzan o provocou. “Tio Pruda. Você que é metido a conhecer todo mundo, quero ver se conhece alguém aqui nessa cidade hoje!” Ao terminar o comentário um homem se aproxima do carro, mete a cabeça pelo vidro e diz: “Ô Tio Pruda! O que é que faz aqui ômi do céu…” Era um joaquinense que residia em São Paulo, mas que por essas coincidências do destino passava ali naquele momento.

Mais algumas histórias risonhas:
Uma das histórias foi sobre a visita do então Presidente da República José Sarney em São Joaquim na Festa da Maçã, quando ele era prefeito. “O presidente assegurou ao Tio Pruda em seu discurso que iria viabilizar verbas para o município. Em seguida Tio Pruda completou: “E é verdade, pois eu sempre acreditei em homem que usa bigode grande”.
Outra:
Amigos diziam que ele nasceu fazendo piada. “Tio Pruda quando na adolescência estudava no ginásio Diocesano em Lages foi flagrado pelo Frei Clemente colando na prova. Disse o professor ao Tio Pruda: “Prudente não seja tão imprudente, ao que ele respondeu: Frei Clemente não seja tão inclemente”.
(Texto com informações do site Fraternidade Serrana).”

            Algumas dessas histórias encontram-se gravadas em pedra no Mirante dos Pinheiros[iv], localizado logo após o portal de saída para Lages, na SC-438. Infelizmente, essas narrativas contadas pelo povo joaquinense sobre o ex-prefeito Prudente Cândido da Silva Filho, estão quase apagadas.
Além disso, conforme notícia do Portal Serra SC (Jornal Mural Online): “Algumas pedras foram arrancadas e tiradas do local por vândalos. Não se trata de apenas escritos para descontrair, mas um verdadeiro arquivo popular. Em algumas inscrições aparece o nome do autor, em outras, autoria de domínio público”.
Segundo notícia de janeiro de 2017[v], para auxiliar na conservação do local, a Prefeitura Municipal de São Joaquim (SC), por iniciativa de seus colaboradores, realizou no dia 21 de janeiro [2017], um Mutirão de limpeza no Mirante dos Pinheiros.

Figura 4 - Mirante dos Pinheiros, São Joaquim (SC). Fonte: HORCEL, L. Gazeta do Povo[vi].


Referências




[i] AMURES, Associação dos Municípios da Região Serrana. Galeria Ex-Prefeitos. Publicado em 23/08/2016, atualizado em 16/02/2017. Disponível em:  http://www.amures.org.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/83632. Acesso em: 12/11/2017.
[ii] DEINFRA, Departamento Estadual de Infraestrutura, Diretoria de Planejamento e Projetos, Gerência de Planejamento de Infraestrutura. Denominação de Trechos de Rodovias Sob Jurisdição do DEINFRA. Disponível em: http://www.deinfra.sc.gov.br/jsp/relatorios_documentos/doc_rodoviario/download/denominacao_de_trechos_por_denominacao.pdf
[iii] SILVESTRE, Glauco. Saudades: 12 anos sem Tio Pruda. São Joaquim de Fato. Dezembro de 2011. Disponível em:  http://saojoaquimonline.com.br/saojoaquimdefato/?p=2789#comments. Acesso em: 08/11/2017.
[iv] Gravações em pedra: causos do Tio Pruda que poucos conhecem. Portal Serra SC, Jornal Mural Online. Publicado em 25 de Maio de 2010. Disponível em: http://www.serrasc.com.br/index.php?option=com_content&view=article&catid=388:noticias&id=471:gravacoes-em-pedra-causos-do-tio-pruda-que-poucos-conhecem. Acesso em: 12/11/2017.
[v] ZANETTE, Andressa. Mutirão faz limpeza no Mirante dos Pinheiros. Município de São Joaquim, SC. Publicado em 27/01/2017. Disponível em: http://www.saojoaquim.sc.gov.br/noticias/index/ver/codNoticia/405976/codMapaItem/4689. Acesso em : 12/11/2017.
[vi] HORCEL, Luciane. Entre montanhas e vales da serra catarinense. Publicado em 22 de abril de 2010, alterado em 29 de janeiro de 2015. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/turismo/entre-montanhas-e-vales-da-serra-catarinense/. Acesso em: 12/11/2017. 

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Dr. Agripa de Castro Faria - Relatos de Enedino Batista Ribeiro

Dando continuidade à matéria anterior sobre o Dr. Agripa de Castro Faria, apresentamos alguns trechos do livro “Gavião-de-Penacho: memórias de um serrano”, de Enedino Batista Ribeiro (1999). Eles narram um pouco da história do médico na cidade de São Joaquim e da sua parceria com Enedino, farmacêutico na cidade.
            Inicialmente, Enedino discorre sobre a compra que fez da farmácia de Hilário Bleyer, farmacêutico prático. Segundo o relato, o Sr. Bleyer afirmava ter o objetivo de se estabelecer em outra localidade, e não mais em São Joaquim (SC). Contudo, depois de seis meses, ele abriu uma nova farmácia no município, recebendo os receituários do Dr. Módena.
            Assim Enedino (1999, p. 474-475[i]) descreveu os fatos:

“O Sr. Hilário Bleyer [...] com a conivência do Dr. Módena, começou a fazer-me, na farmácia, uma concorrência desabusada e desleal, procurando incompatibilizar-me com a opinião pública da minha terra.
E como ninguém é rei em sua terra, eu levava a pior, caindo vertiginosamente o movimento da farmácia por falta de receituário. Eu não tinha, legalmente, meios de combater o meu concorrente, que tinha farmacêutico diplomado, que dava nome à sua farmácia.
De qualquer forma, eu precisava lutar, mas para isso precisava ter, pelo menos, um médico que receitasse para a minha farmácia, e foi o que fiz. Em fins de julho, vim com Lídia, minha esposa, a Florianópolis, hospedando-nos no Hotel Moura, na Praça XV de Novembro. O principal objetivo de nossa viagem à Capital do Estado era arranjar um médico que quisesse ir clinicar em São Joaquim, receitando exclusivamente para minha farmácia, no sentido de enfrentar a difícil situação criada pelo Sr. Hilário Bleyer e pelo Dr. Vicente de Módena.
De passagem por Lauro Müller, entrei em contato com o Dr. Agripa de Castro Faria, que ali exercia a medicina. Depois de lhe explicar minuciosamente a situação – de verdadeira guerra das farmácias -, Dr. Agripa me disse que iria para São Joaquim clinicar, receitando só para a minha farmácia, desde que eu lhe arranjasse clientela. Gostei do moço, da sua franqueza, me parecendo um homem leal.
De regresso a São Joaquim, estudei a situação e conversei com os amigos, inclusive com todos os membros da família de minha mulher.
Recebendo apoio de grande número de amigos e parentes, conversei outra vez com o Dr. Agripa, ficando determinada a sua ida para São Joaquim, nas condições por nós estabelecidas.”


            Na sequência, Enedino destinou um subtítulo de seu livro ao Dr. Agripa, conforme segue abaixo:

Agosto de 1926
Dr. Agripa de Castro Faria
Texto de Enedino Batista Ribeiro (1999, pgs. 475-477[i])

           "Vindo de Lauro Müller, em condução fornecida por mim, chegou a esta cidade [São Joaquim-SC] o Dr. Agripa de Castro Faria, médico natural da cidade de Campos, do Estado do Rio de Janeiro.
            Fui esperar o novo médico nas Tijucas, em casa do meu cunhado Antônio Vieira do Amaral, cuja mulher, minha mana Olívia, encontrava-se doente, ameaçada de aborto. Os detalhes já não lembro, mas sei que ela foi o primeiro doente que o Dr. Agripa atendeu em São Joaquim.
            Demonstrou desde logo que era bom médico na sua especialidade – Clínica Médica -, impondo-se, de imediato, à confiança do público.
            Conforme já contei em capítulo anterior, o Dr. Agripa vinha receitar exclusivamente para a minha farmácia. Foi sempre de uma lealdade absoluta, nunca receitando para a outra farmácia. [...]
De minha vez não perdia tempo, tratava de angariar clientes para o Dr. Agripa, entre os meus amigos e parentes. Foi uma luta dura, férrea e que durou anos.
Dr. Agripa morou sempre conosco em casa; era como um irmão. Só nos deixou depois de quase três anos de convivência diária, no dia de seu casamento, para morar na sua própria casa.
O novo facultativo era homem simples, de gênio alegre e folgazão, de sorte que caiu no gosto do povo, fazendo boa amizade e franca camaradagem com os joaquinenses, que viam um amigo no novo médico. Igualmente, logo assimilou nossos costumes e até carreirista ficou, apreciando muito esse esporte, assistindo e mesmo atando corridas de cavalos, tendo gasto boa soma de dinheiro.
Era de se ver e ouvir o Dr. Agripa, ao pé do fogo, falando em corridas, naquele linguajar floreado e pitoresco dos aficionados do querido esporte serrano.
Dessa forma, terminou o ano de 1926, fazendo, o Dr. Agripa boa clínica com o seu consultório sempre repleto de clientes, além das viagens frequentes que fazia a cavalo pelo interior do município, viagens penosas e cansativas, sempre, porém, muito lucrativas."

Referência

RIBEIRO, Enedino Batista. Gavião-de-Penacho: memórias de um serrano. Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC); co-edição da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Florianópolis: IHGSC, 1999.


[i] Com correções de Ismênia Ribeiro Schneider, novembro de 2017.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Rua Agripa de Castro Faria


          Ainda no Centro da cidade de São Joaquim (SC), localiza-se a Rua Agripa de Castro Faria, um importante médico e com atuação política em Santa Catarina. Em sua homenagem, seu nome também foi atribuído a uma rua em Florianópolis e a outra em Urubici (SC).
            Nasceu em 02 de abril de 1901, em Campos, RJ[i]. Filho de Antônio Joaquim de Castro Faria (diretor do Liceu de Campos, onde também lecionava matemática[ii]) e de Francisca Barbosa de Castro Faria[iii].
Diplomado em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. “Transferiu-se pouco depois de formado para Santa Catarina, onde abriu uma clínica em São Joaquim”iii. Conforme conta Enedino Batista Ribeiro, em seu livro Gavião-de-Penacho (1999, p. 476), Dr. Agripa receitava medicamentos exclusivamente para a sua farmácia, também localizada em São Joaquim (SC).

 Figura 1 - Dr. Agripa de Castro Faria. (Fonte: PIAZZA, 1994).

             De acordo com texto publicado pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV)iii, Dr. Agripa,

simpático à Aliança Liberal e à Revolução de 1930, no pleito de outubro de 1934, elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte de Santa Catarina na legenda da Coligação por Santa Catarina, composta pela Legião Republicana Catarinense, o Partido Social Evolucionista e o Partido Republicano Catarinense. Segundo-secretário da Assembléia, participou da elaboração da Constituição promulgada em agosto de 1935 e permaneceu no exercício do mandato até o advento do Estado Novo (10/11/1937), que suprimiu as câmaras legislativas do país.
Em seguida, dirigiu o Centro de Saúde de Florianópolis, foi titular de uma diretoria da Secretaria de Saúde Pública e diretor do Serviço de Assistência aos Psicopatas do Estado de Santa Catarina de 1940 a 1943. Neste último ano, assumiu a diretoria do Hospital Colônia Santana, onde permaneceria até 1950.
Com a reconstitucionalização do país que se seguiu à queda do Estado Novo (29/10/1945), elegeu-se no pleito suplementar de janeiro de 1947, deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD). Por essa mesma legenda e nesse mesmo pleito, elegeu-se suplente do senador por Santa Catarina Francisco Benjamim Gallotti. Em outubro de 1950, elegeu-se deputado federal por Santa Catarina na legenda do PSD, assumindo o mandato em fevereiro de 1951. Em novembro de 1954, porém, a dois meses do final da legislatura, desligou-se da Câmara para ocupar no Senado a vaga deixada pelo titular, que renunciara ao mandato. Exerceu o mandato de senador por apenas dois meses, até janeiro de 1955.
De 1958 a 1965 foi assistente da presidência da Legião Brasileira da Assistência em Santa Catarina.
Faleceu em junho de 1965.
Era casado com Ecilda Castro Faria, com quem teve duas filhas.
            
           De acordo com dados de Enedino Batista Ribeiro (1999, p. 528), D. Ecilda era filha de Fulgentino Vieira Borges (“Tico”). 
Dr Agripa e a esposa Ecilda tiveram as filhas: Terezinha de Castro Faria e Maria Lívia Faria Vila-Verde (PIAZZA, 1994, p. 277).

Figura 2 - Rua Agripa de Castro Faria, São Joaquim (SC).



Referências




[i] Brasil, Senado Federal. Agripa de Castro Faria. 2017. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/senadores/senador/-/perfil/3112Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Agripa de Castro Faria. 2017. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/agripa-de-castro-faria.

[ii] Jornal de Laguna, 2015. Disponível em: http://jornaldelaguna.com.br/archimedes-de-castro-faria/ . Acesso em: 23/10/2017.

[iii] Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Agripa de Castro Faria. 2017. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/agripa-de-castro-faria.

RIBEIRO, Enedino Batista.Gavião-de-Penacho: memórias de um serrano. Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC); co-edição da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Florianópolis: IHGSC, 1999.

PIAZZA, W. F. (org.). Dicionário Político Catarinense. Florianópolis: Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1994.