terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Solar dos Palmas



(por Joaquim Galéte da Silva)

          O Solar dos Palmas, casa na Fazenda Antonina (fazenda que recebeu esse nome por estar situada às margens do Rio Antonina), fica nas proximidades da cidade de São Joaquim. Foi construída por volta dos anos de 1890/1895. A construção é de madeira com pintura branca e azul, cor conservada pelo menos até 1980. Em determinada época foi reformada, sendo trocada a armação, até então de quatro abas, passando-a apenas para duas.
          No inventário de Inácio Palma, o Solar dos Palmas coube a Leonel Palma, o mais velho dos irmãos homens, que, solteiro, ali residia. Leonel, mais tarde, vendeu a casa a Higino Inácio Velho, casado com a irmã de Leonel, Maria Ignácia Palma, que passaram da Fazenda Morro Chato (RS) a residir no Solar dos Palmas, tendo Leonel continuado a ali residir.
          Mais tarde, o Solar dos Palmas passou a pertencer a Adílio Palma Velho e, com a morte deste, aos filhos, Rogério, Ilda e Jani. Os irmãos Palma, quase todos, exceto os dois mais velhos (Eulália e Leonel), nasceram no Solar dos Palmas. Eulália e Leonel nasceram em Santana, hoje Urupema. Alguns casamentos foram ali também realizados. As filhas mais novas casaram-se na cidade de São Joaquim, onde a Família Palma adquirira uma casa nas proximidades da Igreja Matriz.

Residências de alguns dos filhos de Inácio Palma

Cândida:
Logo que se casou, morou em casa de sítio, nas proximidades da Capela de São Francisco Xavier, em terrenos do sogro Vidal Candido da Silva. Passou depois a residir na Fazenda São José do Alecrim (Mangueirão do Fundo). Residiu depois em uma chácara nas proximidades de São Joaquim, próximo ao Centro Social Urbano. Morou na Rua Lauro Muller, esquina com Inácio Palma. Residiu depois, na mesma rua, em uma casa onde mais recentemente fica o Edifício Lauro Martins. Nessa casa, pequena e de madeira, faleceu aos 29/04/1953.

Otília:
Morou sempre em sua Fazenda nas proximidades do Solar dos Palmas, de onde nunca quis sair. Teve casa na cidade, primeiramente na Praça da Bandeira, depois na Rua Domingos Martorano. Em épocas de festas vinha sempre para a cidade. Residiu por curto espaço de tempo na cidade de Lages, apenas para acompanhar o estudo dos filhos enquanto cursavam o Ginásio.

Caetano:
Residia, enquanto os filhos eram pequenos, no sítio, parte que lhe tocou como herança nas proximidades da Fazenda do Alecrim. Passou depois a residir na cidade de São Joaquim, em várias casas.

Hermelino:
Morou primeiro em sua fazenda nas proximidades da estrada que liga Lages a São Joaquim, próximo ao Campo de fruticultura. Passou depois a residir em São Joaquim, na Rua Davidoff Lessa.

Avelino Paim:
Residiu primeiramente na Fazenda Passo do Penca (Fenca?), passou então a residir na cidade de Lages e posteriormente mudou-se para Curitiba, onde morou muito anos, faleceu e está sepultado.

Florinda:
Logo que se casou passou a morar na cidade de Mafra (SC). Residiu por muitos anos em Curitiba, enquanto os filhos estudavam. Mais tarde, passou a residir em Guaramirim (SC). Ali morou até o fim de sua vida.

Ana (Sinhana):
Morou primeiro na Fazenda denominada Bom Sucesso, em um local lindíssimo (a casa não existe mais). Veio depois a residir em terreno recebido por herança de seus pais nas proximidades do Solar dos Palmas, Fazenda Antonina, próximo à Fazenda do Alecrim. Mais tarde morou em uma chácara na cidade de São Joaquim (proximidades do cemitério público). Quando enviuvou, passou a morar com as filhas, de quem sempre teve invejável tratamento, bem como de todos os genros.

João:
Solteiro. Morou boa parte da vida também na Fazenda Antonina (Solar dos Palmas), primeiro com o irmão Leonel, depois com a irmã Maria Inácia. Algum tempo residiu em fazenda de sua propriedade, a Fazenda da Pimenta. Nessa oportunidade teve a companhia dos filhos Dioro e Sônia e do casal Sebastião Barbosa e Ivonil, sua esposa. Passou depois a morar com a irmã Otília e o cunhado Joaquim Tomaz de Souza (Quinzo Tomaz). Com eles, morou até os seus últimos dias.

Lydia:
Morou nos primeiros anos depois de casada na cidade de São Joaquim, na Rua Lauro Muller, proximidades da Prefeitura Municipal. Mudou-se depois para Florianópolis, conforme meta prioritária de Almirante Alvim, Praça Getúlio Vargas, n. 26, e finalmente na Servidão Cristóvão Nunes Pires, n.6. Faleceu em Florianópolis, onde está sepultada.

Joaquina:
Residiu sempre na Cidade de São Joaquim, primeiramente em uma chácara próxima da cidade, depois à Praça Cezário Amarante (local do Prédio do Banco do Brasil mais tarde). Mais tarde, viveu em uma bela casa em chácara nas proximidades do centro de São Joaquim.

Observação:
A casa da cidade do Solar dos Palmas ficou para os herdeiros de Antônio Palma. Estes, ao transferirem residência para Florianópolis, venderam a casa para Jairo Cândido da Silva, e este, a vendeu ao Padre Olávio Oselane. A casa ficava na esquina ao lado da Igreja Matriz de São Joaquim.


Figura 1 - Solar dos Palmas,construído entre 1890/95 na Fazenda Antonina de propriedade de Ignácio e Ismênia em São Joaquim-SC (foto disponibilizada por 
Glacy Weber Ruiz[i]).



Figura 2 - Fazenda Antonina (foto disponibilizada por Glacy Weber Ruiz[i]).


Figura 3 - Planta da Fazenda das Palmas, 1936.


Figura 4 – Primeira Casa Paroquial de São Joaquim, situada em terreno bem atrás da Igreja Matriz. Ao lado direito da Casa Paroquial (olhando para a foto), ficava o antigo cemitério público. Também nesse Largo, ficava a primeira cadeia pública feita em pedra ferro e que aparece ao fundo em uma fotografia já postada neste Blog: http://genealogiaserranasc.blogspot.com.br/2015/11/familia-brasil.html (figura 1).



Figura 5 - Primeira Igreja - óleo sobre tela - 0,38m x 0,32m. Artista: Susana Scóss Bianchini. Pintura encontrada no livro: Recordando São Joaquim, de Susana Scóss Bianchini, 1986. Ver matéria completa sobre a Igreja Matriz de São Joaquim/SC em: http://genealogiaserranasc.blogspot.com.br/2012/02/contrato-celebrado-entre-o-juiz-da.html.


Referência