quarta-feira, 25 de abril de 2012

HISTÓRIA DA FAZENDA BOM SUCESSO

Por: Ismênia Ribeiro Schneider


A Fazenda Bom Sucesso localiza-se no município de São Joaquim, na região do Pericó, Rodovia SC 430, que vai a Urubici e Florianópolis. Pela escritura que traz seus limites, é possível aos moradores atuais da região, muitos dos quais ainda descendentes do seu último grande proprietário e que ali ainda residem, refazer a sua área.
Ela fazia parte das extensas propriedades, nessa região, do Capitão MANOEL CAVALHEIRO LEITÃO (filho de Miguel Pedroso Leite e de Inocência Pereira Pinto), c.c. MATILDE MARIA DO AMARAL FONTOURA, que em 17.02.1828 a vendem a MANOEL RODRIGUES DE SOUZA (1796-1868) (filho de Matheos José de Souza e Clara Maria de Athayde - casal fundador da família Souza na Serra Catarinense), c.c Anna Maria de Lima.
As outras áreas pertencentes à família Cavalheiro Leitão eram: “Morro Agudo” (domicílio da família), “Varginha”(vendida ao casal Manoel/Matilde por João Inácio Pereira,  neto do Capitão Joaquim José Pereira), “Fazenda da  Ilha”, “Colégio”, “Rocinha” e “Postinho”. Bem no meio deste conjunto de propriedades, em 1873, os netos de Manoel /Matilde, participantes ativos do grupo de fazendeiros que fundou São Joaquim, vendem ao grupo fundador uma área denominada “Chapada do Cruzeiro”, na qual irá se assentar a nova freguesia. As propriedades dos Cavalheiro Leitão rodeavam a cidade de São Joaquim, efetivamente, pelo norte e pelo leste, sendo que a Bom Sucesso ficava ainda mais ao norte, entrando pela região do Pericó e Urubici.
Diz Osni de Souza Vieira, estudioso de genealogia e descendente de Manoel Rodrigues de Souza, que este foi enterrado no pequeno cemitério do Pericó, ainda cheio de velhos túmulos de ferro, mas já sem identificação.
Tenho procurado estudar a família descendente de Manoel/Matilde, dada a sua importância para a historiografia do município de São Joaquim. Pelo descoberto até aqui, tiveram apenas um filho, com o mesmo nome do pai, que não casou, mas viveu maritalmente com uma mulher com a qual teve sete filhos reconhecidos oficialmente seus herdeiros por ocasião de sua morte, ocorrida em 1860: Joaquim, Manoel, João, Bento, Inácio, Antônio e Marianno, todos registrados como “Cavalheiro do Amaral”, e figuras atuantes na comunidade. Lideraram, por exemplo, a fundação do Partido Liberal na nova freguesia, em oposição ao grupo chefiado pelo Coronel João Ribeiro, do Partido Conservador, conseguindo eleger o primeiro intendente da nova povoa, Antônio José Alves de Sá.
Os limites desta fazenda pode-se ver descritos na Escritura de compra e venda da fazenda Bom Sucesso, em 1828:
“Essa uma Fazenda de criar animais cita no districto desta vila denominada Bom Sucesso cujos campos unidos com outra parte de campos do outro lado do Lavatudo dicidiram eles vendedores vendião com todas suas benfeitorias ao dito comprador Manoel Rodrigues de Souza pelo presso e quantia de duzentos cincoenta mil reis, obrigados a pagar a siza entre eles vendedores e compradores, no tempo do vencimento dos pagamentos, como é de Lei, cujos campos de Bom Sucesso faz suas divisas seguintes: por uma parte com a Fazenda denominada Cedro pertencente a eles vendedores por um lageado chamado de Porteira desde a serra de onde nasce o dito Lageado até onde faz barra no Rio Lavatudo, e seguindo por este acima fazendo divisa até chegar a uma Barrinha de arroio pequeno que nasce do Mato da Varginha, e subindo por ele acima vai fazendo divisa com campos dos mesmos vendedores do outro lado do Rio Lavatudo, até o centro do referido Mato da Varginha, cujo arroio tem a denominação de Arroio do Barreiro porque antes de chegar ao sobre dito Mato da Varginha se partem em dois galhos, porisso aqui se declara que a divisa fica sendo pelo último galho, ficando pertencente a ele comprador o Rincão chamado do Piá entre os dois galhos citados. E por outra parte faz divisa com campos do Capitão Domingos José de Brito (4) pela restinga chamada do Falcão, onde se acha um pinheiro por divisa com os campos do Bairros, hoje pertencente aos herdeiros do finado Antonio da Costa Varella, e faz divisa com este em uma restinguinha em que se tem conservado uma porteira, cuja divisa dicidiram eles vendedores que tinha sido convencionado entre eles e dito finado Varella, cujos campos aqui citados dicidiram eles vendedores que o dito comprador poderia desfrutar e gozar como seus que ficam sendo de hoje para sempre para si e seus herdeiros” (Grafia original).

Lembramos que no estudo anterior aparecido no Blog, sobre a genealogia de Antônio Saturnino de Souza e Oliveira, este tinha campos na Fazenda Bom Sucesso, que deixou de herança para seus filhos Aureliano e Manoel Saturnino de Souza e Oliveria. Estas terras eram suas por herança de sua esposa CLARA MARIA DE SOUZA filha de Manoel Rodrigues de Souza e Anna Maria de Lima, os compradores destas terras na referida escritura supracitada.
As terras de Bom Sucesso são, ainda hoje, uma das regiões mais bonitas de São Joaquim.

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

GENEALOGIA DE ANTONIO SATURNINO DE SOUZA E OLIVEIRA (1809 – 1877), casado em 1836 com CLARA MARIA DE SOUZA (1821 - 1882) – Parte 2

Por Ismênia Ribeiro Schneider - Valencia - abril de 2012

SEGUNDO FILHO -
MANOEL SATURNINO DE SOUZA E OLIVEIRA (1840-1913),
Esposa - FELICIDADE RIBEIRO BORGES DE OLIVEIRA,
filha de Domingos Borges Bitencourt e Joaquina Ribeiro Borges.

MANOEL foi cidadão que, seguindo os passos do avô e do pai, tornou-se político, líder comunitário e pecuarista importante, características que o credenciaram a ser escolhido pelos 73 companheiros presentes à reunião de Fundação da Freguesia de São Joaquim da Costa da Serra, em 1 de abril 1873, para ser um dos seis Conselheiros Fiscais dos trabalhos.

FILHOS de MANOEL e FELICIDADES:
N2.1 – MANOEL SATURNINO DE S. E OLIVEIRA ( 1860)
N2.2 – IGNÁCIO SATURNINO DE SOUZA E OLIVEIRA (1863),
c.c. Maria Ignácia de Souza;
N2.3 – POLYCARPO ALVIM DE OLIVEIRA (1865)
N2.4 – PALMIRA FELICIDADE (1871), c.c. Alfredo Machado de Souza;
N2.5 – JOÃO DOMINGOS DE OLIVEIRA (1877)
N2.6 – JOSÉ  SATURNINO DE SOUZA E OLIVEIRA (1878), “Pai Juca”,
c.c. Hermelina de Souza Lima, “Mãe Ina”, ancestrais da conhecida “Família  Souza do Cadete”;
Filha de Manoel de Souza Mattos e Ana Rodrigues de Souza
04 filhos
N2.7 - JOAQUIM SATURNINO DE OLIVEIRA(1885)
N2.8 – MARIA FELICIDADE DE SOUZA , “Mariquinha” (já falecida em 1913 quando do inventário de seu pai).
c.c.  Leonel José de Souza, filho de Policarpo José de Souza e Carlota de Silva Muniz.
14 filhos
Antecessores da Família dos “Lecos”.

BENS DE RAIZ:

- Uma gleba de campos e matos na Fazenda Bom Sucesso, no lugar denominado MORRO ALTO;
- Uma gleba de campos e matos anexa à primeira – na CHAPADA BONITA – comprada por duzentos mil réis;
- Uma casa e suas benfeitorias situada na primeira gleba;
- Uma invernadinha fechada de taipas na Fazenda Bom Sucesso, no lugar denominado BOSSOROCA, com a área de um milhão e quinhentos mil metros quadrados, mais ou menos;
- Uma casinha e suas benfeitorias situadas na Invernadinha;
- Uma gleba de campos e matos na Fazenda Bom Sucesso, anexa às terras de Hypolito.da Silva Mattos.......... e Bruno Francisco de Macedo, com área de dois milhões de metros quadrados.
- Uma gleba de campos e matos com a área de seis milhos e oitocentos e quarenta mil e setenta metros quadrados, no lugar denominado Fazenda Bom Sucesso;
- Uma parte de campos e matos no lugar MUNDO NOVO, na Fazenda Bom Sucesso;
- Uma gleba de terras de cultivo no lugar Urubici;
- Duas partes de campos na Fazenda Santa Bárbara;
- Um potreiro frente à Vila de São Joaquim à margem esquerda do Rio São Matheus, FAZENDA DAS TRÊS PEDRINHAS;
- Uma casa coberta de telhas e suas benfeitorias, em São Joaquim, à rua Manoel Joaquim Pinto.



Monte- mór
46:664$000
Meação da viúva
23:332$000
Legítimas
2:083$314

Fontes:
- Inventários de Antônio Saturnino de Souza e Oliveira. Arquivados no Museu do Judiciário em Florianópolis.
- Inventários de Aureliano de Souza e Oliveira e Manoel Saturnino de Souza e Oliveira. Arquivados na 2ª Vara do Fórum de S. Joaquim.
- Piazza, Walter F. “Dicionário Político Catarinense”. Florianópolis: Assembléia Legislativa de SC, 1994.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

GENEALOGIA DE ANTONIO SATURNINO DE SOUZA E OLIVEIRA (1809 – 1877), casado em 1836 com CLARA MARIA DE SOUZA (1821 - 1882) – Parte 1

Por Ismênia Ribeiro Schneider
Valência - Espanha - abril 2012

F1 - PRIMEIRO FILHO - AURELIANO DE SOUZA E OLIVEIRA (1836 - 04/07/1910)-
ESPOSA: GERTRUDES ANNA DE ANDRADE
Pai: Manoel José Pereira de Andrade e
Mãe: Anna Maria de Andrade (inventário p.217 em Gilberto Machado)
(Falecida em 1880 – processo nº 362 – cx. nº 29) Fonte: Arquivo do Museu do Judiciário Catariense)

FILHOS de AURELIANO e GERTRUDES:

N1.1 - LÓCIO DE SOUZA E OLIVEIRA (1866-     )
C. c.     Ana de Souza Lima (primos-irmãos)
Filha, de João Rodrigues de Souza e de Francisca Rosa de Jesus:
João Rodrigues de Souza era irmão de Clara Maria de Souza, a mãe de Aureliano e Francisca Rosa de Jesus (“Chiquinha”) era única filha mulher de Manoel Joaquim Pinto (fundador de São Joaquim) e de Joaquina Rosa de Jesus.
Nº de filhos de Lócio/Ana: 15
Domicílio: Fazenda Bom Sucesso
N1.2- ANTONIO DE SOUZA E OLIVEIRA (1875-     )
N1.3- HONORATA DE SOUZA E OLIVEIRA (1859-     )
C. c.     João Fermino Rodrigues Nunes,
Filho de Fermino Rodrigues Nunes (de Dom Pedrito – RS) e Felicidade Maria de Saldanha (filha de João da Silva Ribeiro e Maria Benta de Souza)
Domicílio: Fazenda “Barreiro”, no território de “Bom Sucesso”.

N1.4- ANÁLIA DE SOUZA E OLIVEIRA (1861-     ),
C. c.     João Baptista de Souza (1850-      ) (primos-irmãos)
Filho de Francisco Propício de Souza (1819-    ) (filho de Manoel Rodrigues de Souza e Anna Maria de Lima) e Anna Maria de Saldanha (filha de João da Silva Ribeiro – Senior -  e Maria Benta de Souza).

N1.5- ANNA DE SOUZA E OLIVEIRA (1865-      )
C. c.     Abílio da Silva Ribeiro

N1.6- MARIA DE SOUZA E OLIVEIRA, 32 anos (1877-      )
C. c.     Marcos Antunes de Souza
Filho de Joaquim Antunes de Oliveira (falec. 1879) e de Maria Rodrigues Borges . Francisco da Silva Ribeiro e de Anna Antonia de Jesus)

N1.7- ROSALINA DE SOUZA E OLIVEIRA (1878 - 1936)
C. c.     Manoel Cecílio Ribeiro (1857- 1917)
Filho de Matheus Ribeiro de Souza (1829-18.12.1900) e de Maria Magdalena Baptista  de Souza (1833-1867)
Matheus – filho de João da Silva Ribeiro “Sênior” e Maria Benta de Souza;
Maria Magdalena – filha de João Baptista de Souza, INHOLO, e Maria Gonçalves do Espírito Santo.
Nº de filhos de Rosalina/Manoel Cecílio: 01  (Dolores Ribeiro Martins)
Domicílio: Fazendas do Socorro e Santa Bárbara (partes das - ) (Bom Jardim) herança de Manoel Cecílio.

N1.8- JOAQUINA DE SOUZA E OLIVEIRA (1879-      )
C. c.     Manoel Fortunato de Oliveira
N1.9- MANOEL DE OLIVEIRA SANTOS (1874-      )

N1.10- SATURNINO DE SOUZA E OLIVEIRA (1876-       )

N1.11- BELMIRA DE SOUZA E OLIVEIRA (já falecida)
Representada pelos filhos no processo do inventário


Descrição dos Bens de Raiz:
- Vinte e três milhões de campos e matos na FAZENDA BOM SUCESSO- Uma invernada fechada de taipas nesse mesmo  território, coberto de pasto nativo, com  área de cinco e meio milhões mais ou menos, vendida a ANTONIO DA SILVA MATTOS e ANTONIO FRANCISCO GOMES. O                      herdeiro  Abilio da Silva Ribeiro tem uma parte, a título de compra, de Clara de Souza e Oliveira, dentro da mesma invernada.
- Duas casas cobertas de telhas e suas benfeitorias nos mesmos campos acima mencionados.


Fontes:
- Inventários de Antônio Saturnino de Souza e Oliveira. Arquivados no Museu do Judiciário em Florianópolis.
- Inventários de Aureliano de Souza e Oliveira e Manoel Saturnino de Souza e Oliveira. Arquivados na 2ª Vara do Fórum de S. Joaquim.
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MONTE MOR     14:000$000
Monte partível (paga a dívida passiva)        13:900$000
Meação da viúva               6:950$000
Legítima de cada um dos 10 herdeiros vivos  631$818
Legítima de cada um dos seis netos    105$303

segunda-feira, 2 de abril de 2012

ANTONIO SATURNINO DE SOUZA E OLIVEIRA

SERRANO CATARINENSE POR OPÇÃO
Por Ismênia Ribeiro Schneider - Escrito em Valência - Espanha - abril 2012

Vida Familiar e Política
A vida de Antonio Saturnino de Souza e Oliveira sempre foi intrinsicamente ligada à Política e aos Serviços Públicos, devido à história e tradição familiar. Seu pai foi político ligado ao Império, assim como seus dois irmãos. Tal legado marcou trajetória desse fluminense que dedicou sua vida aos Serviços Públicos e à Pecuária na Comarca de Lages, Santa Catarina.
Naturalidade: Niterói – 1809
Falecimento: Lages – 25-02-1877
Filiação: Coronel Aureliano de Souza e Oliveira e D. Francisca Flávia de Oliveira Coutinho
Casamento - Lages, 13 janeiro 1836, com CLARA MARIA DE SOUZA filha de Manoel Rodrigues de Souza e Anna Maria de Lima. 
Fonte: Livro 3 - folha 49. Paróquia de Lages.
O pai de Clara, da família Souza, ancestral de várias estirpes serranas que estamos estudando, inclusive a desta pesquisadora, era tenente-coronel da Guarda Nacional e chefe do Partido Conservador em Lages. Portanto, também ligado a vida política, como é a marca da história de seu genro.

Breve História Política do pai e irmãos de Antonio Saturnino:
-          Pai: Aureliano de Souza e Oliveira – Era coronel do Imperial Corpo de Engenheiro nomeado por D. Pedro I, em 1823, por seus bons serviços à coroa, como Governador de Armas da Província de Santa Catarina, responsável por suas fortalezas.
Fonte: Livro de Registro de Patentes de 1812 – 1831 – p. 63V. Arquivo Público do Estado de SC.
-          Irmão: Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho (1800 - 1855)– recebeu o título de Visconde de Septiba. Foi eleito Deputado Geral, por Minas Gerais, na 2ª Legislatura, mudando-se para o Rio de Janeiro. Posteriormente foi escolhido Presidente das Províncias de São Paulo (de 5 de janeiro a 17 de abril de 1831), e do Rio de Janeiro (de 12 de abril de 1844 a 1 de janeiro de 1845 e de 1845 a 4 de abril de 1848). No Rio de Janeiro foi responsável pela construção do canal de Magé e por uma nova estrada da Serra da Estrela, para a qual trouxe 500 famílias de alemães da Europa, que se instalaram em uma colônia, depois denominada Petrópolis.
Foi também Ministro da Justiça (24 de julho de 1840) e dos Negócios Estrangeiros (23 de maio de 1833 a 16 de janeiro de 1835 e depois em 1841), e senador do Império do Brasil de 1843 a 1855.
-          Irmão: Conselheiro Saturnino de Souza e Oliveira (1803 – 1848) – foi Ministro dos negócios de Justiça, Presidente da Província do Rio Grande do Sul, Inspetor da Alfândega da Corte. Em 1833, foi eleito deputado geral do Rio de Janeiro. Foi nomeado inspetor da alfândega, deixando o cargo após conflitos com o ministro da fazenda, em 1836, retornando ao posto somente um ano depois. Foi presidente da província do Rio Grande do Sul de 24 de junho de 1839 a 27 de julho de 1840, tendo se demitido junto com o comandante das armas, Manuel Jorge Rodrigues. Voltou para o Rio, reassumindo seu posto na alfândega. Retornou ao governo em 17 de abril de 1841, onde permaneceu até 9 de novembro de 1842, entregando o cargo, ao então, Barão de Caxias. Retornou ao Rio, novamente à alfândega. Eleito deputado geral em 1844. Foi ministro dos Negócios Estrangeiros, assumindo em 22 de maio de 1847. Ocupou interinamente primeiro o ministério da Fazenda, depois o da Justiça. Foi senador do Império do Brasil, de 1847 a 1848.

Vida Política de Antonio Saturnino de Souza e Oliveira
·         Obteve patente de major do 4º Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional em Lages (6.12.1842). Encarregado pela Presidência da Província da conservação da estrada de Vacaria a Lages e daí para S. Paulo (1843). Deputado à Assembléia Legislativa Provincial à 8ª Legislatura (1850-1851), licenciando-se do mandato (1851). 2º Suplente de Juiz Municipal de Lages ( 1854). Vereador à Câmara Municipal (1847-1853). Presidente da Câmara Municipal (1849). Obteve patente reformado como 2º Tenente de Primeira Linha (01.01.1851), o que demonstra ter, anteriormente, servido em tropa regular. Deputado Provincial, como suplente convocado à 11ª Legislatura (1856-1857), não comparecendo às sessões. Liquidante, como secretário, da Sociedade Lageana de beneficiar erva-mate (julho de 1858). Comandante militar da vila de Lages (1858). Vereador à Comarca Municipal de Lages (1872).
Fonte: Piazza, Walter. “Dicionário Político Catarinense” Florianópolis: Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1985.

Por ocasião do seu inventário (1877) a viúva declarou os seguintes filhos do casal, dois dos quais levam o  nome dos seus tios e o terceiro o do pai:
F.1) AURELIANO DE SOUZA E OLIVEIRA (1836 - 16/11/1908)- casado com Gertrudes Pereira de Andrade.
F.2) MANOEL SATURNINO DE SOUZA E OLIVEIRA (1840 - 03/07/1913)- casado com Felicidade de Ribeiro Borges de Oliveira.  Participou como conselheiro fiscal da Fundação de São Joaquim,em 1 de abril de 1873.
 F.3) ANTONIO SATURNINO DE SOUZA E OLIVEIRA (1843-?) - solteiro - 37 annos – tinha deficiência mental, sendo nomeado seu curador o irmão mais velho, Aureliano.
Fonte: Inventário sem testamento de Antonio Saturnino de Souza e Oliveira – 1877. Arquivado no Museu do Judiciário Catarinense. Cx30.
Na próxima edição veremos a genealogia de Antonio Saturnino de Souza e Oliveira e Clara Maria de Souza, troncos de importantes famílias da Serra Catarinense.

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