sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

História do nome Ismênia (Esmênia)

         Ismênia Ribeiro Schneider
Cristiane Budde

         O nome Ismênia (ou sua variante Esmênia) perpassa a trajetória das famílias Palma, Ribeiro e Souza, tendo se tornado comum na Serra Catarinense, motivo pelo qual resolvemos resgatar sua história. Tem origem no mito de Édipo Rei e dá nome a uma planta, na botânica. A matéria se dividirá em duas postagens, sendo que a primeira apresentará a história do nome na família, seu significado na botânica e algumas curiosidades relacionadas ao nome. A segunda, abordará a relação do nome “Ismênia” com o referido mito grego.
Na Serra Catarinense, o nome “Ismênia” muitas vezes foi dado em homenagem à madrinha de uma menina. Assim, aconteceu, por exemplo, com a ancestral da família Palma, Ismênia Pereira Machado, conhecida como “Ismênia Palma”, cujo nome, segundo a crônica familiar, lhe foi dado em homenagem a Ismênia Baptista Ribeiro, esposa do Coronel João da Silva Ribeiro, que era sua madrinha. O nome foi dado também, possivelmente, em homenagem a sua avó paterna Ismênia Muniz de Saldanha (D. Yayá), esposa de Antônio Caetano da Silva Machado.
O nome “Ismênia”, nas demais regiões do país é dado ocasionalmente, e não como uma “tradição” familiar, como ocorre na Família Palma, por exemplo. Assim, “Ismênia Palma” também foi homenageada após seu falecimento, pois cinco de suas netas, que nasceram por volta de 1934, receberam o nome “Ismênia” em sua lembrança.


1ª Comunhão dos seguintes primos:
Embaixo, da esquerda para a direita: Vidal Cândido Neto, Celuta Cândido Camargo e Ismênia Palma Bleyer (filhos de Cândida Palma Cândido e Prudente Candido da Silva) e Zulmira de Souza Luenemberg, “Zulmirinha”, (filha de Anna Palma, “Tia Sinhana”, e Fredolino do Amaral e Souza, “Tio Fredo”). Em cima, da esquerda para a direita: Jovina Márcia Palma (filha de Caetano Palma e Jurema Hugen Palma), Ismênia Ribeiro Schneider, “Menoka”, (filha de Lydia Palma e Enedino Batista Ribeiro) e Maria Esmênia Palma (filha de Caetano Palma e Jurema Hugen Palma).
Todas essas Ismênias nasceram por volta do ano de 1934, quando faleceu sua avó Ismênia Pereira Machado (Ismênia Palma), de quem, em homenagem, receberam o nome.

Na botânica, o nome ismênia (Clitoria ternatea) diz respeito a uma planta trepadeira da família das leguminosas, cultivada em vários países como ornamental, de folíolos ovais, flores azuis e vagens lineares e achatadas. As raízes e sementes apresentam propriedades medicinais e as flores fornecem tinta azul (HOUAISS; VILLAR, 2001[[i]]).
Na medicina tradicional indiana, a planta ismênia, mais conhecida como Clitoria ternatea, é utilizada para melhorar as funções cognitivas, como a memória, e também como anti-stress, antidepressivo, ansiolítico, tranquilizante e agente sedativo (MUKHERJEE et al, 2008[[ii]]).

Ismênia (Clitoria ternatea).

Ismênia (Clitoria ternatea).

       Além disso, destacamos algumas personagens com o nome de Ismênia na literatura brasileira. Assim, no livro de Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma, Ismênia era vizinha de Quaresma, e estava noiva há cinco anos. Quando o casamento é marcado, seu noivo desaparece. A jovem menina fica tão triste, que acaba adoecendo, psíquica e fisicamente. Ismênia falece e é enterrada com um vestido de noiva, como era seu desejo[[iii]].
Já o escritor paranaense Dalton Trevisan escreveu um conto denominado “Ismênia, moça donzela”, publicado no livro Morte na praça (1964). O conto “narra, por meio de nove cartas, o relacionamento erótico-comercial da missivista, Ismênia, com o Dr. Antônio, o destinatário. [...] Acompanhando a sequência de cartas, ficamos sabendo que foi Ismênia quem se ofereceu ao Dr. Antônio, declarando-se apaixonada e enfatizando, na primeira carta, a sua condição de “moça donzela” - selo de qualidade e chamariz publicitário do produto que oferece ao futuro amante. Depois que Antônio mordeu a isca, Ismênia começou a lhe pedir dinheiro tão logo reafirmava, nas cartas, o seu amor e a sua fidelidade. Com o recuo do amante, ela insiste na estratégia, expondo o que alega ser a sua má condição financeira e, simultaneamente, enfatizando seu amor pelo ex-amante. O expediente dura até o momento em que descobre que Antônio está de caso com uma outra mulher, também casada como ele, e, ao que sugere o texto, ele passa a se recusar a dar o dinheiro que, mesmo após o término do caso, continuara enviando pelo mensageiro das missivas(FRANCO JUNIOR, 2002[[iv]], p. 72).
          Além da literatura, destacamos duas atrizes importantes que, sendo avó e neta, tinham o mesmo nome: Ismênia dos Santos. A avó nasceu na Bahia em 21 de novembro de 1840, e se mudou para o Rio em 1865 com o marido Augusto dos Santos, também ator. Ismênia foi atriz de teatro, e mais tarde empresária teatral. Lembrada por declamar poemas abolicionistas e se inspirar nas notícias sobre os teatros de Paris para compor novas peças[[v]].
          A neta Ismênia nasceu na cidade de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, no dia 19 de março de 1910. Iniciou a carreira no teatro e, mais tarde, foi convidada a trabalhar na Rádio Clube, interpretando cenas radiofônicas. Depois trabalhou também na Philipps e em outras transmissoras[[vi]].
Apesar dessas constatações, o nome Ismênia não costuma ser um nome muito comum na maior parte do Brasil. Mas, surpreende a quantidade de “Ismênias” na região serrana de Santa Catarina e também do Rio Grande do Sul. Assim, apresentamos uma lista das Ismênias/Esmênias de que temos conhecimento até o momento [[vii]]:
1.              Anna Maria Esmenia da Silva, c.c. Francisco José Machado de Vasconcelos. São os pais de Antonio Caetano da Silva Machado (1788 - 05/09/1864).

2.              Ismênia Maria Gomes (nasc. 1782), filha de Francisco Bernardes da Silva (nasc. 22/09/1757) e de Antonia Maria Gomes (nasc. 1758).
Casada com Francisco Gomes da Fonseca (nasc. 1774). Ismênia Maria é, portanto, neta paterna de Manoel da Silva Ribeiro e de Maria Bernardes do Espírito Santo.

3.              Esmênia (Ismênia) Muniz de Saldanha (I) (1803 – 30/08/1888), “D. Yayá”, filha de Ignácio da Silva Ribeiro (01/01/1770 - 07/01/1858) e de Anna Muniz de Saldanha (1777 - 08/04/1842).
C.c. Antônio Caetano da Silva Machado. Esmênia e Antônio Caetano são pais de Leonel Caetano da Silva Machado, marido de Florinda Pereira Machado.
Fazenda da Divisa, Urupema.

4.              Esmênia Batista de Souza (03/11/1831 - 01/09/1912), filha de João Batista de Souza, “Inholo”, e de Maria Gonçalves do Espírito Santo.
C.c. João da Silva Ribeiro Júnior (29/03/1819 - 10/05/1894), filho de João da Silva Ribeiro (Sênior) (23/06/1787 - 12/05/1873) e de Maria Benta de Souza (1790 - 1857).

5.              Esmênia da Silva Muniz (Saldanha) (1832 - 05/05/1901), filha de Fermino da Silva Ribeiro (nasc. 06/08/1797) e de Luiza Gomes da Silva.
C.c. Manoel José Pereira de Medeiros (1833 - 22/08/1900), filho de Francisco Pereira da Cunha Medeiros e de Isabel Joaquina de Jesus.
Fermino da Silva Ribeiro é filho de Pedro da Silva Ribeiro e, portanto, neto de Manoel da Silva Ribeiro.

6.              Esmênia Benta Rodrigues, filha de Pedro José Ribeiro e de Jacintha Maria Saldanha (01/01/1815 - 13/08/1866). Pedro José Ribeiro é filho de João da Silva Ribeiro (Sênior) (23/06/1787 - 12/05/1873) e Maria Benta de Souza (1790 - 1857).
Esmênia casou-se com Polycarpo Rodrigues, filho de Manoel Bento Rodrigues Nunes (1780 - 23/05/1890) e de Felisbina Maria de Saldanha (de Souza) (28/03/1812 - 18/06/1888) [filha de João Sênior e Maria Benta].

7.              Esmênia Ribeiro Rodrigues (1840 – 1888), filha de Pedro José e Jacintha Maria de Saldanha. C.c. Polycarpo José Rodrigues Nunes, filho de Manoel Bento Rodrigues Nunes (de D. Pedrito, RS) e de Felisbina Maria de Saldanha (Filha de João “Sênior” e Maria Benta).
Fazenda: da Maçã (em Bom Jardim).

8.              Esmênia Muniz de Saldanha (II) (1857 - 20/05/1897), filha de Antonio Caetano da Silva Machado (1788 - 05/09/1864) e de Esmênia Muniz de Saldanha (06/07/1805 - 31/08/1888). C.c. João Luiz Vieira Júnior, filho de João Luiz Vieira e de Anna Domingues.

9.              Esmenia Felicidade de Souza, filha de Ignácio Rodrigues de Souza e de Felicidade Muniz de Saldanha. Esta, por sua vez, é filha de Antonio Caetano da Silva Machado e de Esmenia Muniz de Saldanha.
Ignácio é filho de Manoel Rodrigues de Souza (21/09/1796 - 18/09/1868) [c.c. Anna Maria de Lima] e, portanto, neto de Matheus José de Souza e Clara Maria de Athayde.
Esmenia Felicidade casou-se com Alípio Caetano Machado, filho de Antonio Caetano da Silva Machado Junior e de Anna Maria (Ribeiro de Souza) Saldanha (nasc. 17/05/1860).

10.           Esmênia Pereira Machado, conhecida como “Ismênia Palma” (27/01/1869 - 16/09/1934), filha de Leonel Caetano da Silva Machado e de Florinda Pereira Machado. 
Esmênia é figura central nesta pesquisa, ao se tornar a matriarca da Família Palma.
C.c. Ignácio da Silva Mattos, “Inácio Palma”.
Fazenda das Palmas.

11.           Ismênia Batista de Souza (Esteves) (nasc. 1878), filha de Marcos Batista de Souza (09/08/1833 - 07/10/1906) e de Maria Rodrigues de Andrade, “Dona Marica”, (04/03/1843 - 14/01/1926). Ismênia casou-se com Manoel Ignácio da Silva Esteves (14/11/1872 - 14/08/1927), filho de Francisco da Silva Esteves e de Ignácia Jacintha Ribeiro (nasc. 11/11/1846).
Fazenda: Vista Alegre, atualmente Bom Jardim.

12.      Esmênia Bernardina de Mello, filha de Diogo da Silva Muniz (falec. 28/09/1915, com 86 anos) e de Bernardina Maria de Mello.
Casada com Bento Borges de Mello.
Fazenda Bossoroca (Distrito de Painel, na Comarca de Lages).

13.           Ismênia de Oliveira Waltrick, filha de Lourenço Theodoro José Waltrick e de Joaquina Henriques de Oliveira (nasc. 1852).
Casada com Heleodoro José Ribeiro (1868 - 12/03/1948), filho de José Pedro Ribeiro e de Amélia de Souza Machado.

14.           Esmenia Trindade Branco (falec. 13/04/1881), filha de Maria Benta Ribeiro (nasc. 16/01/1858) e de Firmino José Trindade Branco (nasc. 1844). Esmenia faleceu criança.
Maria Benta é filha do Cel. João Ribeiro e de Esmênia Batista de Souza.

15.           Esmênia Velho (nasc. 05/05/1887), filha de Ana Maria Baptista Ribeiro (nasc. 16/05/1859) e de Manoel Ignácio Velho. Casada com Alberto Maia. 
Ana Maria B. Ribeiro é filha do Cel. João Ribeiro e de Esmênia Batista de Souza.

16.           Ismênia Maria de Souza Oliveira (1888 - 15/11/1918), filha de Leonel José de Souza e de Maria Felicidade de Souza e Oliveira (1859 - 30/01/1908).
C.c. Manoel de Souza Costa (nasc. 1885), filho de Manoel da Costa Loreto e de Gertrudes de Souza Lima (17/11/1848 - 10/09/1927).

17.           Esmênia Gomes da Silva e Sá (1888 - 26/06/1961), filha de Manoel Gomes da Silva e Sá e de Maria Thomázia Moraes e Sá.
Esmênia c.c. Manoel Gregório de Mattos (20/05/1882 - 27/10/1973), filho de José Zeferino de Mattos (1821 - 19/03/1913) e de Maria José de Souza (2ª esposa) (24/08/1858 - 26/12/1940).

18.      Ismênia Maria de Souza Oliveira (1888 - 15/11/1918), filha de Leonel José de Souza e de Maria Felicidade de Souza e Oliveira (“Mariquinha de Oliveira”) (1859 - 30/01/1908).
Casada com Manoel de Souza Costa (nasc. 1885), filho de Manoel da Costa Loreto e de Gertrudes de Souza Lima (17/11/1848 - 10/09/1927). Gertrudes é filha de Polycarpo José (Rodrigues) de Souza e de Carlota Muniz de Saldanha (ou Carlota da Silva Muniz).
Maria Felicidade é filha do Tenente Coronel Manoel Saturnino de Souza e Oliveira (1839 - 03/07/1913) e de Felicidade Ribeiro Borges (1842 - 29/06/1920). Leonel José de Souza também é filho de Polycarpo José (Rodrigues) de Souza e de Carlota Muniz de Saldanha (ou Carlota da Silva Muniz).

19.           Ismênia Batista Ribeiro Velho (nasc. 29/11/1891), filha de João Baptista De Souza Neto, “Batista Marcos” (29/09/1860 – 03/10/1912) e de Maria dos Prazeres Batista Ribeiro. Esta, filha do Cel. João Ribeiro e Ismênia Baptista de Souza.
Ismênia Batista Ribeiro Velho c. c. Antônio Inácio Velho (nasc. 26/10/1985), filho de Ignácio Manoel Velho, “Inacinho” e de Angelina Borges Vieira (esta, filha de Antonio Daniel Vieira e Emerentina Borges).
Ismênia teve seu nome dado à avenida principal da cidade de São José dos Ausentes, quando seu marido foi ali prefeito, por sua bondade para com os pobres.
Fazenda: Morro Chato, RS.

20.           Esmênia Pereira de Souza, filha de Januário Pereira de Medeiros (nasc. 28/07/1860) e de Florisbella Pereira Machado (04/08/1865 - 01/01/1925). Esta, filha de Felicidade Muniz de Saldanha [filha de Antonio Caetano da Silva Machado] e de Ignácio Rodrigues de Souza.
Januário é filho de Manoel José Pereira de Medeiros (1833 - 22/08/1900) e de Esmênia da Silva Muniz (Saldanha) (1832 - 05/05/1901).
Esmênia casou-se com Vergilio Machado de Souza.

21.           Ismênia (Batista) Ribeiro (nasc. 22/05/1894), falecida em criança, na Fazenda São João de Pelotas, São Joaquim. Filha de João Baptista Ribeiro de Souza (09/09/1860 - 12/08/1944) e de Cândida dos Prazeres de Souza (1871 - 17/09/1930).

22.            Ismênia Palma Ribeiro (nasc. 12/03/1905), filha de Abel da Silva Ribeiro Rosa (1869 - 12/11/1950) e de Eulália Pereira da Silva (24/04/1887 - 15/12/1965).
C.c. Luciano Goulart Neto (16/12/1911 - 30/05/1982), filho de Firmino José Neto (Velho) (1871 - 20/08/1916) e de Maria Silveira Martins (nasc. 1877).

23.           Ismênia Pereira Madalena (nasc. 04/03/1908), filha de Clarindo Fernandes Madalena e de Paulina Maria Pereira (nasc. 03/06/1889).

24.           Ismênia Inácia da Silva (11/05/1913 - 10/05/1993), filha de Henrique Miguel e de Ignácia Rabello da Silva.
C.c. Manoel Inácio Antonio de Souza (20/11/1908 - 26/10/1977), filho de Antonio Aureliano Souza Oliveira (1874 - 28/05/1917) e de Ignácia Francisca Souza (1876 - 31/10/1948).

25.           Esmênia Joaquina de Souza (nasc. 01/06/1924), filha de Polycarpo Leonel de Souza e de Joaquina Anália de Souza.

26.           Esmênia Antunes de Souza (nasc. 07/08/1926), filha de Thomé José de Souza e de Anna Maria Antunes de Souza.

27.      Ismênia, filha de Ademar de Souza Esteves (ou Esteves de Souza), “Mario Esteves” (19/09/1919 - 21/04/1997), e de Maria Cândida Vieira de Souza Esteves, “Doquinha” (nasc. 12/04/1919), filha de Antonio Vieira do Amaral e Olívia Ribeiro Vieira, “Vivi” (irmã de Enedino Ribeiro).
Fazenda Vista Alegre.

28.           Ismênia Batista Ribeiro, faleceu aos oito meses. Filha de Sebastião Batista Ribeiro (ou de Souza) (nasc. 20/09/1897) e de Olga Martins Cassão (Ribeiro). Sebastião é filho de João Baptista de Souza Neto (“Batista Marcos”).

29.           Ismênia Palma (de Souza Machado) (falec. 05/2005), filha de Fredolino do Amaral Souza (10/10/1893 - 29/11/1954) e de Anna Palma (Sinhana) (23/02/1898 - 20/08/1962).
C.c. Constâncio Amarante Machado (nasc. 02/11/1914).

30.           Esmênia Mattos, filha de Joaquim Mattos (nasc. 04/04/1906) e de Otília Mattos. Joaquim é filho de Genovêncio da Silva Mattos (04/08/1863 - 13/02/1960) [filho de Joaquim das Palmas] e de Camila Nunes de Souza Borges (21/11/1870 - 13/11/1908).

31.           Maria Esmênia Palma (07/10/1934 - 07/11/2014), filha de Caetano Palma (21/12/1907 - 30/06/1960) e de Jurema Hugen (nasc. 18/07/1916).
C.c. Levy Ignácio Pereira (nasc. 15/04/1936), filho de Constâncio Ignácio Pereira (nasc. 1906) e de Jovita Nunes.

32.           Esmênia Oliveira Correa (nasc. 11/11/1934), filha de Umbelina Maria de Souza e Oliveira (nasc. 06/07/1899) e de Leonel José de Oliveira (nasc. 1889). Mora em São Joaquim.

33.           Ismênia Ribeiro Schneider (nasc. 30/12/1934), “Menoka”, filha de Enedino Batista Ribeiro e Lydia Palma. C.c. Arno Leopoldo Schneider (11/03/1931 - 29/01/2015), filho de João Miguel Schneider e Amanda Lúcia Schneider.

34.           Ismênia Palma (Bleyer) (nasc. 24/12/1935), filha de Prudente Candido da Silva (25/03/1906 - 30/08/1977) e de Cândida Palma Candido (09/06/1904 – 29/04/1953).
C.c. Milton Bleyer, filho de Filomena Mattos (nasc. 15/12/1903) e de Thássilo Neves Bleyer.

35.           Ismênia de Souza Palma (ou Palma de Souza) ou Ismênia Palma Nunes (nome de casada) (nasc. 16/07/1937), filha de Otília Palma (28/05/1906 - 16/05/1981) e de Joaquim Tomaz de Souza (“Tio Quinzo”, 30/08/1908 – 02/11/1986).
C.c. Ninias Nunes Pereira (nasc. 01/11/1933), filho de Orgel Rodrigues Nunes (6/08/1909 - 03/09/1996) e de Anna Maria Pereira (Nunes) [primeira esposa] (09/07/1907 - 04/04/1939).
Em São Joaquim-SC, há uma rua que recebeu o nome de Ismênia Palma Nunes, em sua homenagem.

36.      Maria Esmênia Ribeiro Gonçalves (nasc. 15/05/1945), filha de Aristilhano Waltrick Ribeiro (1905 – 1976) e Dolores Ortiz [segunda esposa]. Maria Esmênia c.c. Anibal Batista Gonçalves (nasc. 25/07/1943).

37.           Ismênia Rodrigues Martignago (nasc. 11 de outubro), casada.

38.           Ismênia Vieira (nasc. 3 de junho de 1958, Urubici). Atualmente reside em Florianópolis.

39.           Ismênia de Souza Nunes, “Ismênia Nunes” (nasc. 29/12/1968, São Joaquim), filha de Sebastião Costa Nunes (nasc. 24/01/1942) e de Anézia Salomé de Souza Nunes (nasc. 02/04/1947). Sebastião é filho de Hilda Costa Nunes (07/11/1918 – 25/04/1995) [segunda esposa] e de Orgel Rodrigues Nunes (16/08/1909 – 03/09/1996), registrado incorretamente como Orgel Rodrigues Costa, por isto Sebastião e os filhos tiveram mudanças de nomes. 
Ismênia teve um primeiro registro com o nome de “Ismênia Rodrigues” e depois “Ismênia de Souza Nunes”. Recebeu o nome em homenagem a Ismênia Palma Souza (ou de Souza Palma, ou Ismênia Palma Nunes [nome de casada]), c.c. Ninias Nunes Pereira (nasc. 01/11/1933), irmão de Sebastião Costa Nunes [pai de Ismênia Nunes][[viii]].

40. Ismênia Souza Arruda (nasc. 20/08/1970), filha de Ione Palma Souza Arruda e de Celio Pinto de Arruda (já falecido). Ione, por sua vez, é filha de Otília Palma (1906 - 1981) e de Joaquim Tomaz de Souza, "Tio Quinzo" (1908 - 1986).
Ismênia é professora.
Recebeu o nome também em homenagem a Ismênia de Souza Palma (ou de Souza Palma, ou Ismênia Palma Nunes [nome de casada]), c.c. Ninias Nunes Pereira (nasc. 01/11/1933).[ix]


Referências



[i] HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. Elaborado no Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua PortuguesaS/C Ltda. Rio de Janeiro:Objetiva, 2001, p.1655.
[ii] MUKHERJEE, Pulok K.; KUMAR, Venkatesan N.; KUMAR, Satheesh; HEINRICH, Micheal. The Ayurvedic medicine Clitoria ternatea—From traditional use to scientific assessment. Review Article. Journal of Ethnopharmacology, Volume 120, Issue 3, 8 December 2008, Pages 291-301.
[iii] Resumo do livro Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. Disponível em: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/triste-fim-de-policarpo-quaresma.html
[iv] FRANCO JUNIOR, Arnaldo. Kitsch, repetição e desconstrução dos paradigmas modernistas no conto Ismênia, moça donzela, de Dalton Trevisan. Acta Scientiarum, Maringá, v. 24, n. 1, p. 071-079, 2002.
[v] Mitos do teatro brasileiro, Blog. Grandes Atrizes que o Brasil Esqueceu/Ismênia dos Santos, 2012. Disponível em: http://mitosdoteatrobrasileiro.blogspot.com.br/2012/11/grandes-atrizes-que-o-brasil.html.
[vi] Cifra Antiga, Blog. Ismênia dos Santos para os fãs do rádio, 2014. Disponível em: http://cifrantiga2.blogspot.com.br/2014/03/ismenia-dos-santos-para-os-fas-do-radio.html.
[vii] Dados retirados do acervo de Inventários de Ismênia Ribeiro Schneider, de dados inseridos no site Genoom, principalmente por Rogério Palma de Lima, de dados inseridos no Facebook e de Cadernos manuscritos de Enedino Batista Ribeiro.
[viii] Dados fornecidos por Ismênia Nunes e retirados de http://blogismenianunes.blogspot.com.br/2012/04/minha-historia-de-vida.html
[ix] Dados fornecidos por Ismênia Nunes e por Ismênia Souza Arruda.




quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

HEI DE VOLTAR...

       Enquanto preparamos matéria sobre o nome "Ismênia" e sobre as "Ismênias" da Serra Catarinense, aproveitamos para publicar um poema de quando morei fora de Santa Catarina, no qual homenageio minha terra natal, a bela SÃO JOAQUIM DA COSTA DA SERRA.

Hei de Voltar

Hei de voltar,
Sim, hei de voltar!
Feliz, como Ulisses,
Que empreendeu a jornada,
E depois retornou,
Com mais tino e razão?
A viver entre os seus
Uma vida descuidada?

Quando hei de rever
A minha aldeia amada,
Aonde fui feliz?
A fumaça das casas,
O cheiro do pão,
O veludo da noite,
Rente ao chão,
Pontilhado dos olhos
Brilhantes, dourados,
Das estrelas despertas?

Descerei entre as pedras
Soltas da rua,
Para ouvir o São Mateus
Murmurejar
Entre os cascalhos,
Salpicando os ginjos e os
Chorões,
Balançando-os,
Docemente.

Subirei à capela solitária do morro,
De onde, sentada na taipa,
Contemplarei a luminosidade do ar
Sobre a minha cidade de madeira.
Nas mãos, a vara de marmelo
Com que tangerei os terneiros
À mangueira, na tarde vermelha
E hirta pela viração da serra.

Enrodilhada à frente da lareira
Crepitante,
Ouvirei o silêncio da neve
Que se acumula no beiral da janela,
No pinheiro verde.
Nos reuniremos os fantasmas,
No vagar do dia,
A contar histórias de outros tempos...


(Ismênia Ribeiro Schneider)