(Joaquim Galete da
Silva[i])
INÁCIO PALMA, homem franco e de personalidade forte, era
também homem de muita coragem. Os filhos tinham por ele um grande respeito,
mesmo depois de adultos e casados. Gostava que as filhas se apresentassem bem
vestidas na sociedade. Para que isso acontecesse, o filho José, mais acostumado
a viajar, fazia compras de tecidos e roupas finas em Porto Alegre e no sul do
Estado. Em Laguna eram feitos os enxovais quando do casamento das filhas, que
aconteceram todos eles na Fazenda Antonina, ou no Solar dos Palmas, na cidade,
perto da Igreja Matriz de São Joaquim. Inácio Palma era muito brabo e quando se
enfurecia somente ouvia a esposa, por quem tinha muito respeito e a quem ouvia
quando estava incomodado. “Ismêndia”, como dizia, tinha um jeito especial de
acalmá-lo. Revólveres e facas eram as coisas de que mais gostava. Quando chegava
alguém com revólver ou faca na fazenda, ia dando um jeitinho de pedir para ver.
As suas facas de carnear eram cuidadíssimas, sempre muito afiadas, serviço que
fazia pessoalmente.
Gostava, e muito, duma “caninha”, tinha sempre uma cachacinha guardada. Era homem de estatura média, porém, encorpado, forte. Excessivamente franco, não mandava recados e dizia na hora, sempre, sem deixar para depois, o que queria dizer, fosse a quem fosse.determinava com sabedoria e conhecimento as lidas da fazenda. Mesmo sendo muito enérgico com os empregados, era por todos bem-quisto. Ao lado da austeridade e da franqueza, tinha qualidades importantes, muito leal. Entre os mais considerados estava o Velho João Fermino. Não admitia chamar qualquer pessoa pelo apelido. “Lotinha” (Belmira) e “Nenzinha” (Alencarina) eram chamadas por todos pelo apelido, mas não por ele que só as chamava pelo nome de batismo.
Gostava imensamente de música. Sempre que a família vinha para a cidade, a fim de passar as festas natalinas, ou para os “bailes de partidas” no Clube Astréa, era visitada pela “Bnada Mozart Joaquinense”, que era muito bem recebida por todos, especialmente pelo velho Inácio que pedia, muitas vezes: “Toquem mais uma...”. E insistia sempre: “É cedo, fiquem mais um pouco, toquem mais umas modas...”. Na fazenda, tinha por hábito acordar as pessoas com alguma música de gaita-ponto executada pelo Manezinho “Perna Torta” que morava na propriedade. Também o fazia tocar durante a ordenha das vacas, alegando que elas se distraíam com a música e davam mais leite. Os filhos todos foram amantes de música, assim como os netos e as gerações seguintes.
Dono de uma grande fazenda, de sessenta e quatro milhões de campo, deixou uma herança razoável a cada um dos dezesseis filhos. INÁCIO PALMA perdeu a mãe quando tinha apenas cinco anos de idade. Tendo seu pai casado em segundas núpcias, foi criado pelas empregadas da Fazenda das Palmas, do pai. Com apenas doze ou treze anos já tinha perfeita noção do que era a “lida” de uma fazenda, daí, talvez, a razão principal de ter se tornado um homem enérgico e determinado. Caprichoso no vestir. Tinha para o seu uso exclusivo um cavalo de sua “encilha”, que só era montado por outra pessoa em casos especiais, como, por exemplo, quando era visitado pelo amigo, o cel. Vidal Ramos, o que, aliás, acontecia frequentemente. Quando o “Velho Vidal” chegava, perguntava-lhe: “Como vai você lá no governo? Não estão te roubando? Precisa prender essa “ladrãozada” toda, se não você se desmoraliza!”. (Vidal Ramos aqui citado é o pai de Nereu e Celso Ramos, fazendeiro na Coxilha Rica, depois interventor do Estado e senador da República). Inácio Palma gostava de política, tendo se tornado prestigioso chefe político em São Joaquim.
Gostava, e muito, duma “caninha”, tinha sempre uma cachacinha guardada. Era homem de estatura média, porém, encorpado, forte. Excessivamente franco, não mandava recados e dizia na hora, sempre, sem deixar para depois, o que queria dizer, fosse a quem fosse.determinava com sabedoria e conhecimento as lidas da fazenda. Mesmo sendo muito enérgico com os empregados, era por todos bem-quisto. Ao lado da austeridade e da franqueza, tinha qualidades importantes, muito leal. Entre os mais considerados estava o Velho João Fermino. Não admitia chamar qualquer pessoa pelo apelido. “Lotinha” (Belmira) e “Nenzinha” (Alencarina) eram chamadas por todos pelo apelido, mas não por ele que só as chamava pelo nome de batismo.
Gostava imensamente de música. Sempre que a família vinha para a cidade, a fim de passar as festas natalinas, ou para os “bailes de partidas” no Clube Astréa, era visitada pela “Bnada Mozart Joaquinense”, que era muito bem recebida por todos, especialmente pelo velho Inácio que pedia, muitas vezes: “Toquem mais uma...”. E insistia sempre: “É cedo, fiquem mais um pouco, toquem mais umas modas...”. Na fazenda, tinha por hábito acordar as pessoas com alguma música de gaita-ponto executada pelo Manezinho “Perna Torta” que morava na propriedade. Também o fazia tocar durante a ordenha das vacas, alegando que elas se distraíam com a música e davam mais leite. Os filhos todos foram amantes de música, assim como os netos e as gerações seguintes.
Dono de uma grande fazenda, de sessenta e quatro milhões de campo, deixou uma herança razoável a cada um dos dezesseis filhos. INÁCIO PALMA perdeu a mãe quando tinha apenas cinco anos de idade. Tendo seu pai casado em segundas núpcias, foi criado pelas empregadas da Fazenda das Palmas, do pai. Com apenas doze ou treze anos já tinha perfeita noção do que era a “lida” de uma fazenda, daí, talvez, a razão principal de ter se tornado um homem enérgico e determinado. Caprichoso no vestir. Tinha para o seu uso exclusivo um cavalo de sua “encilha”, que só era montado por outra pessoa em casos especiais, como, por exemplo, quando era visitado pelo amigo, o cel. Vidal Ramos, o que, aliás, acontecia frequentemente. Quando o “Velho Vidal” chegava, perguntava-lhe: “Como vai você lá no governo? Não estão te roubando? Precisa prender essa “ladrãozada” toda, se não você se desmoraliza!”. (Vidal Ramos aqui citado é o pai de Nereu e Celso Ramos, fazendeiro na Coxilha Rica, depois interventor do Estado e senador da República). Inácio Palma gostava de política, tendo se tornado prestigioso chefe político em São Joaquim.
[i]
Joaquim Galete da Silva é filho de Prudente Cândido da Silva e de Cândida Palma
Cândido. Galete nasceu em 06.06.1931. Era neto de Inácio da Silva Mattos e Ismênia Pereira Machado. Era considerado pelos familiares, historiador da família Palma.
O texto acima postado foi escrito por Galete, contudo, ele está incompleto, pois a outra parte não foi encontrada.
O texto acima postado foi escrito por Galete, contudo, ele está incompleto, pois a outra parte não foi encontrada.
Olá sra. Ismênia! Muito obrigado pelo excelente material postado neste blog! Meu nome é Dilber Devite. Preciso muito que a sra. me contate pelo meu email. Tenho algumas questões sobre a família Palma que, sei que tens as respostas! Ainda gostaria de contribuir com o link de outro blog, sobre esta família, se não for chover no molhado, é este: http://www.familiasilvamattos.com.br/antonio_da_silva_mattos.html. Por gentileza, queira me contatar pelo meu email.
ResponderExcluirAtenciosamente,
Dilber Devite.
dilberdevite2009@hotmail.com