Enquanto preparamos a próxima postagem do Blog sobre os
filhos de João da Silva Mattos e de Ana Joaquina Cardoso, aproveitamos para
colocar uma matéria sobre a FAZENDA DAS PALMAS. A Família Da Silva Mattos foi a
primeira família (de que temos notícia) que viveu na Fazenda das Palmas, razão
pela qual os seus descendentes ficaram conhecidos pelo sobrenome Palma, sendo
que alguns até o adotaram judicialmente.
FAZENDA DAS PALMAS
A FAZENDA DAS PALMAS tinha em torno de 120.000.000 m², na
época em que pertencia a Antonio da Silva Mattos (Tonico das Palmas) e Maria
Antonia de Jesus (Mariazinha). Na época do inventário de Tonico das Palmas
(1912), a fazenda foi dividida entre os dois filhos do casal: Inácio da Silva
Mattos e Cândida Maria da Silva Mattos. A Fazenda se localizava em São Joaquim,
na região do Bentinho.
A sede da parte que ficou destinada a Inácio Palma era chamada
FAZENDA DO ALECRIM, e a de Cândida chamava-se MONTE ALEGRE. A parte da fazenda
que coube a Inácio media 64.680.000 m2, e ficava a 16 km da cidade
de São Joaquim. Sua sede ficava às margens do rio Antonina, razão pela qual foi
chamada também “Fazenda Antonina”, pelas gerações mais recentes.
Abaixo segue um texto escrito por um descendente da Família
Da Silva Mattos, Durval da Silva Mattos, que complementa um pouco da história
da Fazenda.
“A origem do nome “Palmas” veio da “Fazenda das Palmas” de
propriedade de Manoel Zeferino de Mattos. Manoel Zeferino de Mattos era casado
com Dona Ana da Silva, de cujo matrimônio houve sete filhos, todos varões:
José, Antonio, Francisco, Estácio, Joaquim, João e Manoel. Este último, era
mentecapto e por este motivo, acabou assassinando o próprio pai, com uma
punhalada no coração, em represália a um castigo aplicado pelo mesmo.
José (o filho mais velho) era geralmente conhecido por “Juca
Zeferino” e usava assinar-se: Jose Zeferino de Mattos; os outros foram todos
apelidados por “Palmas” devido a fazenda: “FAZENDA DAS PALMAS”. Assim
chamavam-lhes: Antonio das Palmas, ou (Antonico das Palmas, como era mais
conhecido;) Francisco das Palmas, Joaquim das Palmas etc. O velho fazendeiro,
sempre foi conhecido por “Manoel Zeferino”, nunca lhe deram o apelido de
“Palmas”, o povo reservou isto a seus filhos para melhor destacar das outras
pessoas, porque, quando se referiam a Francisco, diziam logo – Francisco das
Palmas; quando a Joaquim: Joaquim das Palmas e assim sucessivamente.
Desta família o único que sabia ler e escrever era Joaquim,
porque, quando garoto foi para a Cidade do Desterro (hoje Florianópolis),
empregando-se na Casa Comercial de um Francês (cujo nome ignoramos), o qual
matriculou-o em uma escola onde conseguiu aprender a ler e escrever
regularmente, e recebeu também algumas noções de Francês, ensinadas pelo seu
patrão. Joaquim depois de moço voltou para a Fazenda, mas, onde não ficou por
muito tempo. Vivia em negócio ambulante, mascateando, principalmente com jóias.
Casando-se em Imaruí, com D. Theodora Alves da Silva, filha do abastado
Comerciante Cel. José Alves da Silva, veio a fixar residência na Fazenda, pois
sua mãe já neste tempo se achava viúva e os outros filhos já se haviam casado.
Estabeleceu-se então com casa Comercial e dirigia a Fazenda. Como todos seus
irmãos, assinava-se Joaquim da Silva Mattos, mas, era geralmente conhecido por
Joaquim das Palmas.
Como Comerciante o nome de Palmas era muito popular, tomou a
resolução de adotar a assinatura de Joaquim das Palmas da Silva Mattos. Nenhum
outro irmão usou a palavra “Palmas” na sua assinatura, portanto, foi Joaquim o
“PRIMEIRO E ÚNICO PALMAS” da família de Manoel Zeferino de Mattos. Os filhos de
Joaquim, tantos homens, como as mulheres,
também não seguiram a tradição, não usaram a palavra “Palmas” em suas
assinaturas, não obstante serem todos conhecidos por Palmas: Genovêncio Palmas,
Juvenal Palmas, Enéas Palmas. No entanto, alguns descendentes seguiram a
tradição, como, por exemplo, os filhos de Durval: Valmarino Matos Palmas e
Aires Matos Palmas.
Um galho Genealógico originou uma outra família “Palmas”, a
de Inácio, sobrinho de Joaquim e filho de Antonio da Silva Mattos. Como acima
ficou dito: Antonio nunca usou a palavra “Palmas” em sua assinatura, porém, era
geralmente conhecido por Tonico das Palmas. Por isso, seu filho Inácio era
também conhecido por “Inácio Palma”. Porém, sua assinatura sempre permaneceu:
Inácio da Silva Mattos.”
Planta da Fazenda das Palmas, 1936. |
Joaquim da Silva Mattos era filho de João da Silva Mattos.
ResponderExcluirJoaquim da Silva Mattos era filho de João da Silva Mattos.
ResponderExcluirNa relação de bens rústicos da Vila de Lajes em 1820: Joaquim Pereira de Andrade era senhor de campos denominados "as Palmas" que os houve por devolutos e tinha povoado com animais vacum, cavalares e plantações. Confrontava por uma parte com a Faz Ilha - pertencente ao cap Manuel Cavalheiro Leitão ( tronco dos Cavalheiros do Amaral) e por outra com a Faz. Morro Agudo - herança a Paulo José Pereira de seu pai o português cap Joaquim José Pereira. Paulo José Pereira vendeu a Faz Chapada Bonita ao gaúcho de Santo A. da Patrulha a Aurélio Antônio Martins( tronco dos Martins e Nunes-sobrinho e genro - Adorno na origem).
ResponderExcluirNa relação de bens rústicos da Vila de Lajes em 1820: Joaquim Pereira de Andrade era senhor de campos denominados "as Palmas" que os houve por devolutos e tinha povoado com animais vacum, cavalares e plantações. Confrontava por uma parte com a Faz Ilha - pertencente ao cap Manuel Cavalheiro Leitão ( tronco dos Cavalheiros do Amaral) e por outra com a Faz. Morro Agudo - herança a Paulo José Pereira de seu pai o português cap Joaquim José Pereira. Paulo José Pereira vendeu a Faz Chapada Bonita ao gaúcho de Santo A. da Patrulha a Aurélio Antônio Martins( tronco dos Martins e Nunes-sobrinho e genro - Adorno na origem).
ResponderExcluirNa relação de bens rústicos da Vila de Lajes em 1820: Joaquim Pereira de Andrade era senhor de campos denominados "as Palmas" que os houve por devolutos e tinha povoado com animais vacum, cavalares e plantações. Confrontava por uma parte com a Faz Ilha - pertencente ao cap Manuel Cavalheiro Leitão ( tronco dos Cavalheiros do Amaral) e por outra com a Faz. Morro Agudo - herança a Paulo José Pereira de seu pai o português cap Joaquim José Pereira. Paulo José Pereira vendeu a Faz Chapada Bonita ao gaúcho de Santo A. da Patrulha a Aurélio Antônio Martins( tronco dos Martins e Nunes-sobrinho e genro - Adorno na origem).
ResponderExcluirOlá! Estou pesquisando sobre a família Matos Palmas. O Durval foi meu tataravô, teve um filho de nome Valmarino que casou com minha bisavó. Gostaria de saber de onde provém este texto escrito pelo Durval. Sei que ele era jornalista e minha avó contava que eles tinham uma tipografia. Você tem mais informações sobre o Durval? Saberia informar onde posso encontrar seus escritos? Desde já meu muito obrigado e parabéns pela excelente trabalho de pesquisa na genealogia serrana.
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