Ismênia Ribeiro Schneider
Cristiane Budde
Teófilo[1]
(Teóphilo[2])
Mattos (03/11/1906 - 15/03/1994) é filho de Juvenal da Silva Mattos (02/01/1865
- 02/11/1951) e de Mariana Martorano (11/08/1876 - 29/04/1927).
Nota: Juvenal da Silva Mattos é filho de
Joaquim da Silva Mattos Sobrinho, conhecido como Joaquim das Palmas, e de
Theodora Alves da Silva.
Mariana Martorano é filha de Domingos
Martorano e de Philomena (Filomena) Beviláqua (italianos).
Casamento de Juvenal e
Marianna: 27 de setembro de 1894, São Joaquim-SC.
Teófilo jovem. |
Teófilo casou-se com Tarsila Vieira (13/11/1910 - 11/03/1985), filha de Manoel Inácio
Ribeiro Vieira (nasc. 14/07/1885) e de Maria dos Prazeres Vieira (1885 -
16/04/1973). Casamento: 7 de abril de 1934, Urubici-SC[i].
Manoel Inácio Ribeiro Vieira e Maria dos Prazeres Vieira, pais de Tarcila Vieira. |
Tarsila foi adotada ainda criança pelos tios
paternos, Cel. Boanerges Pereira de Medeiros e Felicidade Vieira de Medeiros,
com quem cresceu. Segundo Elizabeth Mattos, Tarsila “foi considerada uma das
mais belas moças joaquinenses da sua época” e salientou-se também por sua
educação esmerada. Além disso, estudou música com a cunhada musicista, Hilda
Mattos, além de pintar quadros com “óleo sobre tela”, sendo os mais conhecidos
“Balsa de Urubici” e o “Gaúcho”.
Durante o tempo que viveu com o marido, Teófilo,
foi uma grande companheira e incentivadora de suas realizações públicas, além
de educar as filhas segundo seus méritos e dons
artísticos[i]. De acordo com Elizabeth
Mattos, Tarsila era muito religiosa e pouco antes de seu falecimento, o que
veio a acontecer em 12 de março de 1985, pediu para o esposo “que suas jóias
fossem vendidas para a construção de uma casa para os Vicentinos, pedido que
foi realizado após a sua morte pelo próprio Teófilo Mattos, em ato solene”[ii].
Tarsila Vieira. |
Tarsila com 15 anos. |
Balsa de Urubici, quadro de Tarsila Vieira. |
Teófilo Mattos e Tarsila Vieira. |
Teófilo e Tarsila não tiveram filhos, mas adotaram
e legitimaram duas meninas. Uma delas, Arminda, foi adotada com seis anos de
idade e a outra, Elizabeth, com um ano e quatro meses (Arminda já tinha então
onze anos)[ii]. Arminda
Borges Miguel, nascida em Urubici-SC, é filha biológica de Pedro Cândido Borges
e de Maria Clara Prestes Borges. Elizabeth Vieira Mattos, nascida em São
Joaquim-SC, é filha biológica de Nicanor Neves da Rosa e Lorena Domiciano da
Rosa[iii].
Arminda, Tarsila, Elizabeth e Teófilo Mattos. |
Filhas de Teófilo e Tarsila:
F1 – ARMINDA BORGES MIGUEL (nasc. 19/01/1946),
c.c. Santos Miguel (nasc. 04/1937).
Arminda Borges Miguel. |
Arminda fiando lã de ovelha. |
Filhos:
N1.1 – Rudynei Miguel (nasc. 1954);
N1.2 – Rosinete Miguel (nasc. 1956).
Companheiro: Francisco Morais.
N1.3 – Rosane Miguel, c.c. Antonio Diomar
Mondadori.
Filhos:
BN1.3.1 – Kelvis
Miguel Mondadori;
BN1.3.2 – Guilherme
Miguel Mondadori Mondadori;
BN1.3.3 –Francys
Miguel Mondadori.
N1.4 – Rosimere Miguel F. Borges (nasc.
27/07/1966), c.c. Adelar Ferreira Borges (nasc. 30/10/1964).
Filhos:
BN1.4.1 – Rafael
Zanete Miguel (nasc. 08/08/1985).
BN1.4.2 – Renata
Miguel F. Borges (nasc. 15/01/1998).
N1.5 – Marcio Miguel (nasc. 27/02/1969), c.c.
Mariléia Ancelmo (1977 - 18/06/2010).
Filhos:
BN1.5.1 – Thiago
Ancelmo Miguel.
BN1.5.2 – Thalita
Ancelmo Miguel.
N1.6 – Iram Miguel (nasc. 1970), c.c. Luciana
Miguel.
Filhos:
BN1.6.1 – João
Victor Souza Miguel (nasc. 09/01/2001).
BN1.6.2 – Luana
Souza Miguel.
N1.7 – Marilda Miguel (nasc. 1972), c.c. Hélio
Brunn.
Filhos:
BN1.7.1 – NastaliaMiguel
Brunn.
BN1.7.2 – Gustavo
Miguel Brunn.
N1.8 – Carlisie Miguel, c.c. Jakson Sousa.
Filho:
BN1.8.1 – Murilo
Miguel.
N1.9 – Teófilo Miguel, c.c. Adriana Miguel.
Filho:
BN1.9.1 – Henrique
Miguel.
F2 – ELIZABETH VIEIRA MATTOS (nasc. 28/02/1956).
Ex-mulher de José Gilmar Mondadori (nasc. 20/02/1959), com quem teve três
filhos:
N2.1 – Mariana
Mattos Mondadori (nasc. 16/11/1984).
N2.2 – José Gilmar
Mondadori Filho (nasc. 24/07/1989).
N2.3 – Thalis
Henrique Mattos Mondadori (nasc. 30/12/1997).
Elizabeth Vieira Mattos. |
Autobiografia de
Teófilo Mattos, reeditada por sua filha Elizabeth Mattos:
Nasceu em 03
de novembro de 1906 e faleceu em 15 de março de 1994, na cidade de São Joaquim
– SC, filho de Juvenal da Silva Mattos e Mariana Martorano Mattos. Teve seis
irmãos: Hilda Mattos, Aparício, Filomena, Aires, Elvira. Neto pelo lado paterno
de Joaquim das Palmas da Silva Mattos, um dos fundadores de São Joaquim e pelo
lado materno, de Domingos Martorano, que veio da Itália para São Joaquim em
fins do século XIX. Sua mãe Mariana, também nasceu na Itália e veio para o
Brasil com quinze anos.
Foi casado
desde 1935 com Tarsila Vieira Mattos, descendentes da grande família Vieira de
São Joaquim, sobrinha e filha adotiva do Cel. Boanerges Pereira de Medeiros e
Felicidade Vieira Medeiros. O Cel. Boanerges foi Deputado Estadual por São
Joaquim, na década de 1930 e, em seguida, primeiro Prefeito Municipal deste
Município. Tem duas filhas adotivas: Arminda Borges Miguel e Elizabeth Vieira
Mattos. Fez os seus estudos primários em escolas públicas desta cidade, até o
4º ano, e em seguida curso de admissão ginasial com o Dr. José da Fonseca Nunes
de Oliveira, então juiz de Direito da Comarca. Em 1930, fez o curso de
guarda-livros e depois passou a ser contador no Colégio Bom Jesus de Curitiba.
Muito jovem
trabalhou na oficina tipográfica do “Correio Serrano” fundado em São Joaquim
pelo grande jornalista catarinense Tito Carvalho. Partindo dali fundou e
dirigiu vários jornais desta cidade, sendo que o último foi “A TRIBUNA” que
deixou de ser editado em fins de 1932. Ainda no jornalismo, foi correspondente
da ASAPRES – agencia nacional de notícias e de vários jornais e revistas. Foi
membro do Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina. Foi também
secretario do saudoso ex-prefeito Major Gregório Pereira da Cruz.
Na vida
militar, serviu no 9º Regimento de Artilharia Montada em Curitiba, dando baixa
como Sargento. Durante a Revolução Paulista em 1932, integrou como 1º Tenente
do 9º Batalhão de Rua da Força Pública de Santa Catarina.
Primeiro
Bacharel de São Joaquim em Ciências e Letras. Na vida profissional, foi coletor
federal, por concurso público federal, tendo exercido as referidas funções de
1937 a 1968. Na vida pública, foi vereador pela extinta UDN – União Democrática
Nacional, tendo como Presidente da Câmara, com o Ex-Prefeito João Inácio de
Melo, fundado a Escola Técnica de Comércio de São Joaquim, da qual foi o
principal articulador.
Também foi um
dos fundadores do CTG Minuano Catarinense, fundado em 28 de agosto de 1962,
atuando como Patrão de 1 de agosto de 1967 a 12 de outubro de 1969. Foi
professor de invernada artística, promovendo grandes bailes e atuando nos
piquetes, torneios de laços, gineteadas, rodeios crioulos, dentre outras
culturas da tradição gaúcha. Foi sempre um grande incentivador da cultura em
sua terra, fazendo jornalismo, teatro e promovendo festivais de toda a natureza.
Foi o pioneiro
da radiodifusão em São Joaquim, com a sua tão lembrada pelos velhos
Joaquinenses A VOZ CABOCLA, que foi uma grande alavanca propulsora do
desenvolvimento de São Joaquim, em todos os seus setores.
Com os seus
programas de estilo regionalista, sua ação na vida político-social de nossa
terra, A VOZ CABOCLA sob a direção de Teófilo Mattos, deixou assinalados
serviços à causa do progresso de São Joaquim. O primeiro serviço de autofalante
teve duas ações históricas na cidade; a primeira foi a chegada da madeira
puxada por 30 carros de boi para a construção da Igreja Matriz - e a segunda
foi a inauguração da estrada do Rio do Rasto, em 1952, pelo então Governador
Irineu Bornhausen.
Formou o
primeiro grupo de teatro, o Grêmio Dramático Hortêncio Goularte nos anos 40,
encenando peças como “Maria Caxuxa” e “Deus lhe Pague” onde fazia o papel de
mendigo, que teve uma grande repercussão do público. Homem de comunicação e
animador de festas sociais. Com o seu espírito de pioneiro, sempre desinquieto,
trouxe para São Joaquim o primeiro automóvel – um Ford 1928 – cuja história de
seus transcritos pelas antigas ruas da nossa Cidade é muito pitoresca. Por elas
andava com a sua, e primeira, Motocicleta dessa cidade. Também foi o primeiro a
usar uma bicicleta em São Joaquim, pois comprou a primeira que veio para cá.
Sempre um
grande esportista, fundou com outros jovens do seu tempo várias associações,
das quais se destacou o Planalto A.C., que era, no seu tempo, um dos melhores
clubes de futebol de Santa Catarina, onde ele também fez parte como jogador. Foi
um time de grandes vitórias. Ainda no esporte, foi o idealizador do JASJ, onde
promoveu sempre animadas competições desportivas, que despertavam sempre grande
animação em nossa cidade. Participou também como fundador do Clube de
Escoteiros.
Foi
idealizador e um dos fundadores do Centro Cultural de São Joaquim, na vida
social de São Joaquim, teve sempre grande destaque. Neto, filho e sobrinho de
fundadores do CLUB ASTRÉA, foi seu presidente várias vezes, com uma atuação
modernizadora e de muitas atividades sociais, onde foi o idealizador e primeiro
a promover o já tradicional BAILE DA NEVE. Com as suas atividades radiofônicas,
atuava como locutor e animador de festas sociais, dançarino como sapateado,
tango e lambada, promoveu muitos bailes, desfiles de moda e exposições em São
Joaquim e em Lages. Incansável em sempre trazer inovações, foi o idealizador da
festa da pecuária, logo em seguida, unindo festa com agropecuária e exposição
de maçã. Anos depois decidiu fazer a primeira Festa da Maçã, em 1956.
Quando pecuarista
já aposentado, dedicou-se por mais de 40 anos à criação de gado Jersey – puro
da origem, tendo com os seus produtos conquistado vários troféus em exposições
de São Joaquim, Lages e Expointer de Porto Alegre. Foi um dos pioneiros da introdução
dessa raça leiteira nessa região.
Teófilo foi,
principalmente, um estudioso da história e das coisas de São Joaquim, possuindo
valiosos arquivos históricos escritos, fotografias e filmes.
Tinha como Hobby a Cinegrafia.
Casa de Juvenal da Silva Mattos, que depois passou a Teófilo Mattos. |
O primeiro automóvel de São Joaquim – um Ford 1928. |
Tarsila, Teófilo e Aparício Mattos (irmão de Teófilo). |
Teófilo Mattos, Radialista da radio difusão A Voz Cabocla, a Primeira de São Joaquim. |
Irmãos do pai Teóphilo, Maria Mattos Bathke, Teóphilo Mattos, Filomena Mattos Bleyer, Aires Mattos e Ilda Mattos. |
Bodas de Ouro de Teófilo e Tarsila, em 1984. Último registro junto com Tarsila, no ano seguinte ela faleceu (Foto disponibilizada por Elizabeth Mattos). |
[1] Conforme certidão de matrimônio e certidão de óbito.
[2] Conforme certidão de batistério.
Referências
Dados do
arquivo de Ismênia Ribeiro Schneider.
Dados
inseridos no Genoom por Rogério Palma de Lima.
Grupo
Teóphilo Mattos – Grande Pioneiro Joaquinense e sua Família, no Facebook.
Inventário de Joaquim (das Palmas) da
Silva Mattos Sobrinho,
1917. Inventário Judicial Registrado a Fls 11 do L1º (Sem Testamento), Juízo de
Direito da Comarca de São Joaquim da Costa da Serra.
RUIZ, Glacy
Weber. Juvenal da Silva Mattos.
Disponível em: http://www.familiasilvamattos.com.br/juvenal_silva_mattos.html.
[i] Texto de Elizabeth Mattos, TEÓPHILO MATTOS (Teófilo Mattos), publicado no Grupo Teóphilo Mattos – Grande Pioneiro Joaquinense e sua Família, no Facebook.
[ii] RUIZ, Glacy Weber. Theófilo Mattos. Disponível em: http://www.familiasilvamattos.com.br/theofilo_mattos.html.
[iii] Dados fornecidos por Elizabeth Vieira Mattos , a quem agradecemos especialmente pela
contribuição para esta matéria.
A carteira de sócia do Club Astreia foi assinada pelo meu tio Liberalino Castelo Branco.
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