segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Rua Egídio Martorano e Rua Domingos Martorano



         Retomamos, nesta postagem, a sequência de matérias sobre as praças e ruas de São Joaquim (SC), com o estudo das Ruas Egídio Martorano e Domingos Martorano, ambas localizadas no centro do município.
            A homenagem foi dedicada aos italianos Egydio Martorano e Domingos Martorano[i]. Egydio Martorano era músico por formação na Itália. Professor particular de música, fundou em 1895 a Sociedade Musical Mozart Joaquinense[ii].
Domingos Martorano é natural de Casteluccio, Basilicata, Itália[iii], e, segundo Bathke (2002), ele iniciou a colonização italiana na região de São Joaquim, em 1880. Os filhos de Domingos Martorano (1841 – 1923), uniram-se às famílias locais: Anunciata (Pedro Albino), Mariana [Juvenal da Silva Matos[iv]], Angelina (José da Fonseca Nunes de Oliveira) e Egidio (Eulália Brasil). Sua filha Tereza veio casada da Itália com Antonio Cantisani. A família Fontanella veio em seguida e construiu a casa de pedra, propriedade de Domingos Martorano” (BATHKE, 2002, p. 56). A casa de pedra foi construída no século XIX, no centro da cidade de São Joaquim, foi moradia da Família Martorano por quase um século (BERTONCINI, 2011; BATHKE, 2002).
            Domingos Martorano (1841 – 1923) é filho de Egídio Martorano e Mariana Gioiaiii.
Casou-se com:
1ªs núpcias: Filomena Bevilaqua (ou Bebilacqua), com quem teve os seguintes filhos[v]:
1.    TEREZA MARTORANO CANTIZANI, c.c. Antonio Cantizani.

2.    EGÍDIO MARTORANO (13.01.1869 – 18.08.1955), c.c. Eulália Brasil (06/02/1887 - 02/05/1945), filha de Antonio Mariano Teixeira Brasil (1842 - 09/09/1903) e Anna Maria Rabello.
Matrimônio Egídio/Eulália: 4 de maio de 1905, São Joaquim-SCv.
Filhosiv,v:
N2.1 – JUDITH BRASIL MARTORANO (nasc. 12/11/1906[[xv]]), c.c. Antonio Lucio.

N2.2 – DOMINGOS MARTORANO, c.c. Alzina Vieira Rodrigues, filha de Joaquim Anacleto Rodrigues (17/07/1876 – 02/10/1920) e de Emília Vieira Rodrigues (nasc. 1890)[[xvi]].
Filhos de Domingos e Alzina:
BN2.2.1 – ODETE MARTORANO (MARTINS), “Detinha”, c.c. Celso Ribeiro Martins (nasc. 21/01/1926, Lages), filho de Adolfo José Martins (nasc. 19/08/1885) e de Dolores Ribeiro Martins.
BN 2.2.2 – EGIDIO MARTORANO NETO (nasc. 25/10/1932), c.c. Leda Couto. (mais informações abaixo)
BN2.2.3 – RUI MARTORANO, c.c. Neida Ferreira.
BN2.2.4 – DOMINGOS MARTORANO FILHO, c.c. Nadia Córdova.
BN2.2.5 – MAGNOLIA MARTORANO, c.c. Cláudio Pavão.

N2.3 – CÉSAR MARTORANO (nasc. 07.01.1910[ii]), c.c. Joaquina Palma (Martorano) (nasc. 05/04/1912[[xviii]] – 10/08/1997), filha de Inácio da Silva Mattos e Ismênia Pereira Machado.

N2.4 – NOEMI BRASIL MARTORANO (nasc. 05/01/1911, bat. 23/03/1911[ii]), c.c. Cezarino Lima.

N2.5 – PHILOMENA MARTORANO (nasc. 28/11/1912, São Joaquim[[xix]]), c.c. Jose Jaime Vieira Rodrigues, filho de Joaquim Anacleto Rodrigues e Emília Vieira Rodrigues.

N2.6 – ANTONINO MARTORANO (nasc. 06/10/1914[ii]).

N2.7 – ANNA MARIA MARTORANO (nasc. 02/02/1916[ii]).

N2.8 – MARIA DO CARMO (BRASIL) MARTORANO (nasc. 20/09/1919[ii]) c.c. Paulo Bathke (Filho) (nasc. 30/12/1917[ii]), filho de Johannes Friederich Paul Gellert Dietrich Bathke, conhecido como Paulo Bathke, (06/07/1864 – 13/09/1950) e de Maria Olinda da Silva Ribeiro (21/11/1878 – 04/09/1951[ii]).

N2.9 – IOLANDA MARTORANO (nasc. 21/09/1923[[xx]]).

N2.10 – DANTE MARTORANO (nasc. 10/09/1925[xxi]), c.c. Maura Maria da Costa[xxi].

Mais informações sobre a Família Brasil e os descendentes de Egídio e Eulália em: https://genealogiaserranasc.blogspot.com.br/2015/11/familia-brasil.html

3.     MARIANA MARTORANO, c.c. Juvenal da Silva Mattos, filho de Joaquim das Palmas da Silva Mattos (02/05/1831 – 25/10/1916) e de Theodora Alves da Silva (20/09/1840 – 15/12/1937).
Mais dados de Juvenal da Silva Mattos e Mariana Martorano em: https://genealogiaserranasc.blogspot.com.br/2017/04/rua-juvenal-da-silva-mattos.html

4.     ANNUNCIATA MARTORANO, c.c. Pedro Albino de Oliveira.

5.     ANGELINA MARTORANO, c.c. José Fonseca Nunes de Oliveira.

2ªs núpcias de Domingos Martorano (1841 – 1923): Maria Tolentina Cavalheiro do Amaral (1871 – 15/02/1928[vi]).
Matrimônio: 01 de maio de 1919, em São Joaquimii. Ele com 78 anos, ela com 48.
Maria Tolentina é filha de Joaquim Cavalheiro do Amaral (05/01/1829 - 21/02/1887) [irmão de Bento Cavalheiro do Amaral] e de Carolina Maria Pereirav. Maria Tolentina foi casada em primeiras núpcias com Raphael da Silva Ribeiro (Filho) (1863 - 02/12/1898)v.


Figura 1 - Rua Egídio Martorano, São Joaquim (SC). (Fonte: Google Street View)


 
Figura 2 - Rua Domingos Martorano, São Joaquim (SC). (Fonte: Google Street View)

 
Figura 3 - Localização das Ruas Egídio Martorano e Domingos Martorano, São Joaquim-SC. (Fonte: Google Maps)


            EGIDIO MARTORANO NETO (nasc. 25/10/1932), c.c. Leda Couto, também foi um personagem importante, pois desempenhou cargos e funções importantes no Estado, como bem descreve Walter Piazza (1994, p. 439):
Natural de São Joaquim, SC, a 25/10/1932, filho de Domingos Martorano e de D. Alzina Vieira Martorano.
Fez os cursos ginasial (1949) e colegial no Colégio Catarinense, Florianópolis, SC. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná. Realizou cursos de especialização e de aperfeiçoamento em clínica geral e cirurgia geral em Porto Alegre, RS. Exerceu a medicina, como Diretor do Hospital “Coração de Jesus”, São Joaquim, SC, Chefe da Unidade Sanitária de São Joaquim, Médico da CASAN – Cia. das Águas e Saneamento do Estado de Santa Catarina, Diretor-Presidente da CLINIMED, Florianópolis, Diretor da Divisão Hospitalar da Secretaria da Saúde do Estado de Santa Catarina (15/03/1979 – 12/02/1982), e como tal exerceu as funções de Vice-Governador do Estado (14 a 23/07/1981 e 28/08 a 21/09/1981).
Prefeito Municipal de São Joaquim, em dois mandados, e como tal participou do Seminário de Administração Municipal, Berlim, Alemanha.
Deputado à Assembleia Legislativa do Estado, à 9ª Legislatura (1979 – 1982), eleito pela Aliança Renovadora Nacional – ARENA.
Casado com D. Leda Couto Martorano, de quem houve Simone Couto Martorano, Egídio Martorano Filho, Fabrício Couto Martorano, e Fabiano Couto Martorano.

            Os mandatos como prefeito de São Joaquim[vii] ocorreram em:
- 1966 a 1970;
- 1973 a 1974.

 
Figura 4 - Egídio Martorano Neto. (Fonte: PIAZZA, 1994)


            Os nomes Egídio Martorano e Domingos Martorano se repetem algumas vezes na família, o que, às vezes, causa dúvidas e confusões em relação aos dados da família. Para compreender melhor a genealogia da família Martorano, veja a árvore abaixo, com o tronco principal até chegar em Egídio Martorano Neto. 

Figura 5 - Árvore genealógica do tronco principal da Família de Egídio Martorano (Neto) [clique na imagem para ampliar].


Referências

BATHKE, M. E. M. O Turismo Sustentável Rural como Alternativa Complementar de Renda à Propriedade Agrícola: Estudo De Caso – Fazenda Água Santa São Joaquim-SC. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, 2002.

BERTONCINI, S. S. “Acorde São Joaquim”: Identidade local e vocação turística. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento SocioAmbiental, Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, 2011.



[i] Esclarecimento prestado pela descendente Angela Martorano Kuerten, a quem agradecemos.

[ii] Informações fornecidas pela descendente Angela Martorano Kuerten.

[iii] Matrimônio de Domingos Martorano e Maria Tolentina Cavalheiro do Amaral (2ª esposa), em 01/05/1919, São Joaquim, SC. Documento disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939Z-Y59F-KJ?cc=2177296.

[iv] Dado corrigido por Ismênia Ribeiro Schneider.

[v] Dados fornecidos por Odete Martorano (Detinha) a Ismênia Ribeiro Schneider.

[vi] Dado disponibilizado por Rogério Palma de Lima, no site Genoom.

[vii] MACHADO, R. M.; OLIVEIRA, J. B. Conhecendo São Joaquim. 2000.

PIAZZA, W. F. (org). Dicionário Político Catarinense. 2ª ed., revista e ampliada. Florianópolis: Edição da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1994.

Um comentário:

  1. Antonio Dalton Nunes Silveira10 de maio de 2019 às 17:10

    De informação em informação construímos nossa história na busca pelo conhecimento.
    Parabéns pelo trabalho e pesquisa.

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