No centro da
cidade de São Joaquim (SC), ao lado da Igreja Matriz e da Praça João Ribeiro,
localiza-se a Rua Juvenal Mattos. Nela, também se encontra a Prefeitura
Municipal de São Joaquim e o Monumento Manoel Joaquim Pinto[i].
A rua recebeu o nome de Juvenal Mattos em homenagem a Juvenal da Silva
Mattos (02/01/1865 - 02/11/1951[ii]),
ruralista e primeiro Coletor Federal em São Joaquim.
Figura 1 - Juvenal da Silva Mattos. Imagem disponibilizada por Glacy Weber Ruiz (http://www.weber-ruiz.com/silva_mattos/juvenal_silva_mattos.html)
Juvenal casou-se em 27 de setembro de 1894 (São Joaquim-SC), com Marianna
Martorano (11/08/1876, Itália - 29/04/1927), filha de Domingos Martorano (nasc.
1841, Itália) e de Philomena Bevilaqua.
Filhos[iii]:
F1
– Apparício Mattos (17/09/1895 - 14/08/1959), c.c. Maria Lacerda Alves de Sá
(nasc. 10/03/1901), filha de José Antonio Alves de Sá (nasc. 06/12/1870) e de Amélia
Floriana de Lacerda (1868 - 03/09/1906).
F2
– Hilda Mattos (nasc. 27/04/1898).
F3
– Filomena Mattos (nasc. 15/12/1903),
c.c. Thássilo Neves Bleyer.
F4
– Theóphilo (ou Teófilo) Mattos (03/11/1906 - 15/03/1994), c.c. Tarsila Vieira
(13/11/1910 - 11/03/1985), filha de Manoel Inácio Ribeiro Vieira (nasc. 14/07/1885)
e de Maria dos Prazeres Vieira (1885 - 16/04/1973).
Teófilo
foi historiador, poeta, radialista, jornalista, dentre outras atividades que
exerceu. Mais informações sobre Theóphilo e família em: http://genealogiaserranasc.blogspot.com.br/2016/08/teofilo-mattos.html
F5
– Ayres Mattos (nasc. 15/03/1908), c.c. Rosa Vieira Mattos, filha de Joaquim
Anacleto Rodrigues e de Emilia Vieira.
F6
– Maria Martorano Mattos (nasc. 14/12/1909), c.c. Aristides Bahtke (nasc. 08/03/1906),
filho de Johannes Friederich Paul Gellert Dietrich Bathke (06/07/1864 -
13/09/1950), conhecido como Paulo Bathke, e de Maria Olinda da Silva Ribeiro
(21/11/1878 - 04/09/1951).
F7
– Elvira Mattos (nasc. 7/03/1911), c.c. Bibiano Rodrigues Lima Filho (nasc. 25/04/1907),
filho de Bibiano Rodrigues Lima e de Maria Jacinta de Andrade Lima.
Segue
abaixo a homenagem de Theóphilo Mattos, ao seu pai Juvenal.
Homenagem a Juvenal da Silva Mattos
por Theóphilo Mattos[iv]
Juvenal
da Silva Mattos, varão por todos os títulos, nobre e respeitável, joaquinense
da velha guarda, lutador da primeira hora, cruzado vanguardeiro de todas as
campanhas e iniciativas em prol da sua terra e da sua gente, - chego à sua
derradeira morada.
Está
dormindo o grande sono no seio amiga da mesma terra que lhe foi berço.
Está repousando
do cansaço das duras lutas que não faltam e que não cessam nunca na vida dos
homens de bem, dos homens que trabalham, dos homens que constroem e edificam,
dos homens que realizam e que vencem, mas, que, para construírem, para
edificarem e para vencerem, não bajulam e não pedem, não imploram e não
suplicam, não se curvam e não se amoldam, não pactuam e não transigem com
empreiteiros de obras fáceis que trazem no conteúdo e na substância o vírus da
desagregação e o veneno da discórdia que separam e desunem, que abalam e que
destroem sociedades, povos e nações.
Srs., eis aí
um Homem que viveu verticalmente. Um Homem que engrandeceu e que dignificou a
sociedade em que viveu.
Nenhum ponto
negro, nenhuma leve sombra de incorreção na longa estrada que percorreu sob a
claridade de todas as luzes que irradiam as mãos excelsas virtudes e os mais
nobres exemplos de que ele foi legítimo e raro padrão.
Exemplar chefe
de família, soube educar seus filhos na escola dos rígidos princípios de honra
e da dignidade, ensinando-lhes também, que neste mundo só existe uma nobreza
legítima e verdadeira que é a nobreza do trabalho honrado e fecundo.
Cidadão útil à
sua terra e à sua gente, ocupou o alto cargo de Coletor das Rendas Federais
neste município, cargo que foi o primeiro a exercer e no desempenho do qual
ainda mais realçaram as suas virtudes de cidadão honesto e probo e de guarda
vigilante e incansável da coisa pública.
Um dos
principais fundadores do Club Astréa, por várias vezes foi chamado a
desempenhar o árduo cargo de Presidente. E, ainda aqui, a sua atuação é e será
sempre um paradigma de trabalho, de esforço e de devotamento em prol da
harmonia e do progresso da Sociedade.
Agora, aos 87
anos de vida útil e fecunda, volta à terra e à eternidade para o merecido repouso
ao lado do Senhor de todas as coisas, na certeza de que o seu prêmio não será
pequeno e de que o seu lugar será no alto.
Major Juvenal
da Silva Mattos, em nome da Sociedade joaquinense, eu vou digo o último adeus,
mas vos digo também que a lembrança da vossa vida e os ensinamentos dos vossos
exemplos “a laje de uma sepultura jamais conseguirá apagar”.
Que Deus vos
guarde ao Seu lado.
E tu, ó terra
amiga e boa, recebe, carinhosa e maternal, o filho que te dignificou.
Figura 2 - Juvenal da Silva
Mattos. Agradecimento a Elizabeth Mattos.
Figura 3 - Convite de
Inauguração do novo prédio do Club Astréa, 1900. Disponibilizado no Facebook
por Maria de Lourdes Hugen Souza.
Figura 4 - Sócio do Clube
Astréa: Juvenal da Silva Mattos.
Figura 5 - Rua Juvenal Mattos,
São Joaquim-SC (Fonte: Google Street View).
Referências
Dados do Genoom, disponibilizados por Rogério Palma de Lima.
Óbito de Juvenal da
Silva Mattos (1951), disponibilizado pelo pesquisador Rogério Palma de
Lima: https://familysearch.org/pal:/MM9.3.1/TH-267-12694-14053-84?cc=2016197&wc=M94J-8ZQ:n806801150
Nenhum comentário:
Postar um comentário