No próximo 29-01 fazem dois anos da morte de meu fiel escudeiro, meu
grande amor, Arno. Seguir vivendo é necessário, pois a família e amigos que
constituímos juntos, os laços que construímos, merecem nossa dedicação. Seu
legado me impôs metas de vida: continuar zelando pelos nossos e tentar viver
com qualidade o tempo que ainda me resta. Porém, não passa um dia sem que não
me recorde e sinta saudades dele.
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Arno Leopoldo Schneider nasceu no dia 11 de março de 1932, na cidade de
Santo Ângelo (RS). Cursou Odontologia na Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), em Florianópolis, e era especialista em endodontia.
Casou-se em 22 de julho de 1955 com Ismênia Ribeiro Schneider, com quem
viveu por quase 60 anos. Faleceu em 29 de janeiro de 2015, em Florianópolis,
deixando quatro filhos e quatro netos, além de muitas histórias para relembrar.
Como bem lembrou o Portal de notícias “Daqui”[i],
com frequência, Sêo Arno era visto no bairro de Santo Antônio de Lisboa,
caminhando de mãos dadas com sua esposa Ismênia, degustando um bom vinho ou
ainda ouvindo uma boa música. Era impressionante ver sua amabilidade e
vitalidade mesmo aos 83 anos de idade, sempre disposto a organizar as coisas da
casa, participar dos eventos do Baiacu, acompanhar a esposa em eventos como o
lançamento de seu livro, entre tantas outras ocasiões. Sempre será lembrado
como um ótimo companheiro, marido, pai, avô e amigo, e um exemplo de como aproveitar
a vida.
Sêo Arno era muito bem quisto entre familiares e amigos, sendo
considerado pela esposa como o “seu fiel escudeiro”. Tal apreço era observado
nos mais distintos momentos do cotidiano e tornou-se bastante evidente nas
homenagens por ocasião de seu falecimento. Ainda em seu velório, Sêo Arno foi
homenageado com música, assim como na cerimônia em que suas cinzas foram
lançadas ao mar de Santo de Lisboa. Além disso, belas palavras foram proferidas
em sua lembrança, como no texto de Ci Ribeiro, referindo-se à cerimônia de
despedida de Arno Leopoldo Schneider:
Todos nós, de uma maneira ou outra, buscamos,
se possível,l enganar a morte, pois no geral não sabemos tratar esta etapa de
nossas vidas, apesar da certeza da morte física para todos. Porem, foi
confortante ter participado ontem com vocês e amigos do ato de despedida da
desencarnação do sêo Arno. Saí da celebração com orgulho de ter participado de
um contraponto ao sentimento de perda e morte do querido sêo Arno.
Hoje, 30 de janeiro de 2015, amanheceu e segue
nublado e chuvoso, como que num simbólico pranto pela nossa perda da companhia
física dele entre nós. Mas prefiro ver esta chuva muito mais como água de apoio
à germinação do que plantamos e estar por vir.
A acolhida e serenidade de vocês, as falas de
carinho e apreço, de amigos e parentes, num misto de orações, recordações e
músicas, serviu para comemorar o exemplo de vida do sêo Arno. Aquela celebração
deu alento à perda ao enaltecer as virtudes do Arno cidadão, companheiro,
irmão, esposo, pai, tio e avô, amante da cultura, de um bom vinho, das gentes e
especial da Ismênia.
Poucos entre nós iremos merecer tal celebração
e acolhida num momento tão delicado para os que ficam, cheio de eternas
incertezas espirituais e materiais sobre o sentido e objetivo de nossas vidas.
A celebração, os sentimentos-compromissos
expressos e o legado que nos deixa sêo Arno e vocês, com certeza ira se somar
aos esteios de nossos sonhos e esperanças fraternas, por uma nova sociedade.
Como aprendiz da vida e da morte de
companheiros, sem qualquer conotação religiosa à priori, acredito na
possibilidade de um elo espiritual eterno, junto a nós, daqueles que nos foram
caros e virtuosos. Acredito que os que positivamente fizeram a diferença em
nossas vidas privadas e coletivas, lembrados e celebrados com esta virtude,
nunca morrerão em nossas vidas, mas servirão de apoios aos nossos sonhos e
esperanças.
Vida eterna para as virtudes do companheiro
Arno, seu testemunho de vida em nossas vidas!!!
Abraços fraternos para todos vocês, em especial
para a querida Ismênia.
Ci Ribeiro
[i]
DAQUI, Portal de notícias. http://daquinarede.com.br/2015/01/rancho-de-amor-a-ilha-para-arno-schneider/
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